Rio Negro atinge o menor nível em mais de 120 anos

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Os impactos da seca são visíveis em Manaus- a diminuição do nível das águas afeta severamente o transporte fluvial e isola comunidades distantes da região

A seca que afeta a região amazônica tem causado impactos dramáticos no rio Negro, que atingiu seu nível mais baixo já registrado em Manaus, capital do Amazonas. A situação é alarmante, com o nível do rio atingindo 13,59 metros, um recorde histórico, segundo o Porto de Manaus, responsável pelo monitoramento das águas. A escassez de chuvas na região é a principal causa desse fenômeno.

Nos últimos dias, o rio Negro sofreu uma queda significativa, baixando 32 centímetros entre sábado e segunda-feira. A média diária de queda é de 13 centímetros desde o início da seca, que teve início em julho. Especialistas preveem que o rio continue a baixar nas próximas semanas, dependendo da chegada da temporada de chuvas no final do ano.

Os impactos da seca são visíveis em Manaus, com a diminuição do nível das águas afetando severamente o transporte fluvial e isolando comunidades distantes da região central da cidade. Empresas de transporte de contêineres suspenderam suas operações para Manaus devido às dificuldades de navegar o rio raso. Isso afetou a Zona Franca de Manaus, prejudicando a produção industrial na região.

A situação é tão crítica que até mesmo o famoso ponto turístico do Encontro das Águas foi afetado. Na tentativa de pressionar o governo a favor do asfaltamento da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, alguns entusiastas do projeto destacam que a rodovia poderia reduzir o isolamento da capital amazonense, intensificado pela redução do nível dos rios. No entanto, a obra também é vista com preocupação por especialistas devido aos impactos ambientais, como o aumento do desmatamento e das queimadas no sul do Amazonas.

Essa seca histórica na Amazônia é um alerta sobre a importância da preservação da maior floresta tropical do mundo, que desempenha um papel crucial na regulação do clima global e abriga uma biodiversidade única. O desafio agora é lidar com as consequências imediatas dessa seca e, ao mesmo tempo, buscar soluções sustentáveis para proteger a Amazônia a longo prazo.

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