247 – Circulam nas redes sociais relatos de negros que foram impedidos pelas forças ucranianas ou polonesas de migrarem de país. Brasileiros também são discriminados
Pessoas negras que moram na Ucrânia estão sofrendo discriminação por parte das Forças Armadas do país e da Polônia, para onde grande parte dos refugiados da guerra conta a Rússia estão fugindo.
Segundo o Africa Facts Zone, corroborado por um vídeo, africanos são impedidos de embarcarem nos ônibus com destino à Polônia, tendo de dar prioridade a cidadãos ucranianos.
Africans being refused entry into a train taking people from Ukraine to Poland.
Africans were forced to wait for Ukrainians to go first in several trains, and had to wait until all Ukrainians had boarded trains before they would be allowed to get into one pic.twitter.com/BQ4klYQv1U
— Africa Facts Zone (@AfricaFactsZone) February 27, 2022
Correspondente da BBC, Stephanie Hegarty compartilhou um relato de uma estudante de medicina nigeriana que está na fronteira entre a Polônia e Ucrânia: “me disse que está esperando há 7 horas para atravessar. Ela diz que os guardas de fronteira estão parando os negros e mandando-os para o final da fila, dizendo que eles têm que deixar os ‘ucranianos’ atravessarem primeiro”.
Ainda de acordo com Hegarty, as forças polonesas negam discriminação: “o porta-voz da força de fronteira polonesa me disse que a Polônia está permitindo que qualquer pessoa que chegue à fronteira da Ucrânia entre na Polônia”.
Situação dos jogadores brasileiros do Zorya na tentativa de deixar a Ucrânia ficou bastante delicada. Estão sendo impedidos pelos militares e a embaixada brasileira não os responde. Tristeza demais. pic.twitter.com/4WjsB2z4cC
— Josias Pereira ✊🏾 (@josiaspereira) February 27, 2022
Pelo Twitter, a jornalista Nathália Urban, comentarista da TV 247, disse que “as redes sociais estão inundadas de relatos e vídeos de imigrantes africanos na Ucrânia sofrendo discriminação ao tentarem deixar o país”, e destacou: “agora estamos vendo as reclamações de brasileiros que enfrentam problemas semelhantes”.
Jogadores brasileiros do Zorya – Guilherme Smith, Cristian Fagundes, Juninho, a esposa dele, Vitória Magalhães, e o filho Benjamim, 4 – caminharam quase 10 horas a pé entre Lviv, no oeste do Ucrânia, e a fronteira, mas não conseguiram passar para o território polonês.