Lollapalooza: proibição de manifestação política de ministro bolsonarista do TSE é ignorada

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O pedido do PL foi atendido monocraticamente pelo ministro bolsonarista do TSE, Raul Araujo, neste final de semana

O Tribunal Superior Eleitoral não conseguiu contato com as empresas alvo da decisão do ministro Raul Araujo, que proíbe manifestações políticas durante o Lollapalooza. Com isso, a decisão se torna inócua para esta edição do festival, que se encerra neste domingo (27) em São Paulo.

A advogada representante do PL, partido de Jair Bolsonaro, que entrou com a ação, errou o e-mail e o CNPJ do Lollapalooza. Segundo os documentos do despacho (veja abaixo), o TSE intimou uma empresa inapta desde 2018 em decorrência do erro.

O pedido do PL foi atendido monocraticamente por Raul Araujo neste final de semana. O mesmo ministro já negou, em decisão anterior, a retirada de outdoors favoráveis a Bolsonaro.

Nos registros do site do TSE, Daniel Vasconcelos Borges Netto, da Coordenadoria de Processamento, informa que uma das empresas não informou endereço de correspondência o e-mail informado era inexistente. Já a razão social do Lollapalooza só informou endereço de correspondência, o que seria de inútil utilização, uma vez que o festival acaba neste domingo.

Ministro bolsonarista no TSE com atuação política pode?

Ministro do TSE que censurou Lollapalooza permitiu outdoors a favor de Bolsonaro.  Raul Araújo decidiu que não havia propaganda eleitoral em imensas imagens a favor do presidente expostas em ruas do MS e do MT, pagas pelo agronegócio.

Ministro Raul Araújo e outdoor pró-Bolsonaro permitido por ele (Twitter e Partido dos Trabalhadores/Reprodução).

Bandas ignoram decisão bolsonarista do TSE no Lollapalooza: “Fora Bolsonaro”

A banda de rock Fresno, uma das atrações deste domingo (27/3) no Lollapalooza, ignorou a determinação bolsonarista do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e se manifestou publicamente contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na manhã de domingo, o ministro Raul Araújo, do TSE, atendeu a um pedido feito pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, que acionou a Justiça após a cantora Pabllo Vittar levantar uma bandeira com a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua apresentação na sexta-feira (25/3).

Emicida – Bolsonaro vai tomar…

Na decisão, o ministro considerou a manifestação da artista como propaganda político-eleitoral e proibiu a realização de atos semelhantes no festival sob multa de R$ 50 mil a cada ocorrência.

 

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