Putin descreveu o míssil Sarmat como uma “arma única”, que fortalecerá o potencial militar das forças armadas russas
A Rússia testou com sucesso um míssil balístico intercontinental denominado ‘Sarmat’ com capacidade nuclear. O presidente Vladimir Putin disse que o dispositivo servirá como advertência para os inimigos.
Em comunicado divulgado na quarta-feira, o Ministério da Defesa da Rússia informou o lançamento bem-sucedido do míssil balístico intercontinental Sarmat, de um cosmódromo na região do Arcanjo, no noroeste da Rússia.
De acordo com a nota, o RS-28 Sarmat tem alcance de 18 mil quilômetros e massa de decolagem de 208,1 toneladas, com carga útil de cerca de 10 toneladas. Além disso, tem a capacidade de atingir alvos em toda a Europa e até nos Estados Unidos.
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The Ministry of Defense of the Russian Federation conducted a successful launch of a stationary intercontinental ballistic missile "Sarmat" from the Plesetsk cosmodromeThe design characteristics at all stages of the rocket flight have been confirmed. pic.twitter.com/iSGuZw8Tvi
— AZ Military News (@AZmilitary1) April 20, 2022
O “Sarmat” visa dissuadir os inimigos da Rússia
O presidente russo, Vladimir Putin, descreveu o míssil Sarmat como uma “arma única”, que fortalecerá o potencial militar das forças armadas russas, garantirá a segurança da Rússia contra ameaças externas e “fará com que todos àqueles que ameaçam nosso país com retórica desenfreada e agressiva pensem duas vezes”.
Depois de destacar as mais altas características técnico-táticas do novo míssil, cujas capacidades superam todos os modernos sistemas de defesa antimísseis, o presidente russo acrescentou que o Sarmat não tem análogos no mundo e não os terá por muito tempo.
Segundo Putin, todos os componentes e a tecnologia utilizada na construção do míssil são russos, o que simplificará sua produção em série e entrega às tropas.
Em meio ao conflito na Ucrânia, a Rússia continua avançando em suas capacidades de combate, enfatizando que o fortalecimento de seu poderio militar não é considerado uma ameaça a terceiros países, e só será usado para autodefesa no caso de algum estado violar sua soberania nacional.