Barroso diz que Forças Armadas são orientadas a ‘atacar’ e ‘desacreditar’ processo eleitoral

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Ministro do STF apontou ‘repetidos movimentos para jogar as Forças Armadas no varejo da política’, mas que ‘o profissionalismo e o respeito à Constituição’ têm prevalecido.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou neste domingo (24) que as Forças Armadas “estão sendo orientadas para atacar o processo” eleitoral brasileiro e “tentar desacreditá-lo”.

Ele apontou, entretanto, que desde a redemocratização do país, “se teve uma instituição de onde não veio notícia ruim e que teve um comportamento exemplar, foram as Forças Armadas”

Barroso deu a declaração durante participação por vídeoconferência em um seminário sobre o Brasil promovido pela universidade Hertie School, de Berlim, na Alemanha.

Ele não citou quem está orientando as Forças Armadas contra o processo eleitoral. O presidente Jair Bolsonaro já questionou diversas vezes a segurança das urnas eletrônicas e apontou o risco de fraude nas eleições.

De acordo com o ministro, os “ataques” ao processo eleitoral são “totalmente infundados e fraudulentos”.

“Desde 1996 não tem um episódio de fraude no Brasil. Eleições totalmente limpas, seguras e auditáveis. E agora se vai pretender usar as Forças Armadas para atacar? Gentilmente convidadas a participar do processo, estão sendo orientadas para atacar o processo e tentar desacreditá-lo?”, questionou Barroso. 

No ano passado, em meio aos ataques feitos por Bolsonaro, Barroso, que na época era também o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), discutiu com o então ministro da Defesa, Braga Netto, a inclusão de um representante das Forças Armadas em uma comissão de transparência das eleições.

Em nota, o Ministério da Defesa repudiou a fala do ministro. A pasta disse que “repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que elas [as forças armadas] teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia”

“O Ministério da Defesa repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que elas teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia. Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro”, diz o documento.

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