Dados do Monitor da Violência mostram que o estado reduziu 54% das mortes de policiais e 13% nas mortes de pessoas durante ações da Polícia.
O Pará é o terceiro estado com mais mortes de policiais por assassinato e o quinto com mais pessoas mortas pela polícia em 2020, segundo dados do Monitor da Violência.
No ranking nacional sobre policiais mortos, o estado empata com Minas Gerais, ambos com 13 vítimas. Em primeiro lugar está Piauí e, em segundo, o Rio de Janeiro. O índice leva em consideração os estados com maior taxa por mil policiais.
Já em relação aos mortos em intervenções militares, o Pará está entre os cinco estados em que mais pessoas são mortas pela Polícia. Considerando a taxa por 100 mil habitantes, foi o quinto estado com mais mortes, registrando 478 vítimas, seguido respectivamente pelo Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe e Amapá.
Apesar das colocações a nível nacional, o estado teve redução tanto em mortes de policiais na ativa quanto de pessoas mortas em intervenções militares. Em 2019, foram 28 agentes mortos. Já em 2020 foram 13. A redução foi de 54%.
No caso das mortes por policiais, a redução foi menor – 13% a menos em um ano. Foram 552 vítimas em 2019 e 478 no ano seguinte.
Dois desses casos ocorreram no Acará, nordeste do estado. O sargento Cláudio Roberto de Melo França foi morto dentro de uma balsa que fazia a travessia para Concórdia do Pará. Ele estava de folga. O crime foi no dia 11 de dezembro. Dois dias depois, um suspeito de participação no assassinato foi morto pela Polícia.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) disse que “investe em capacitação a fim de contribuir para o trabalho técnico e mais assertivo” e que “para aumentar a preservação da vida dos profissionais, o Governo do Pará adotou novos meios de proteção, a exemplo da criação de uma linha de crédito especial para o financiamento dos imóveis a juros mais baixos; a construção de conjuntos habitacionais; investimentos em equipamentos de proteção; compra da folga, por meio do pagamento da jornada extraordinário; ampliação dos cursos de autodefesa; ingresso de 530 novos policiais militares na corporação, por meio de concurso público, além da realização de um novo certame com cerca de 4 mil vagas oferecidas para recompor o efetivo da corporação”.
A Segup citou, ainda, que “foi criado o aplicativo SOS PM, que quando acionado, a viatura mais próxima se dirige até o solicitante para resguardar a vida do policial”.
G1