1986: Explosão no reator de Chernobil

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Há 35 anos, no dia 26 de abril de 1986, ocorria a explosão de um reator de Chernobil, na então Ucrânia soviética. Foi o pior desastre nuclear em tempos de paz. Gigantesca nuvem de radiação contaminou 75% da Europa.

Chernobil é uma cidade no centro da Ucrânia, onde foi construída uma central nuclear em meados dos anos 70, a 110 quilômetros da capital, Kiev. O primeiro reator foi ativado em 1977, pela União Soviética. Nos anos seguintes, foram ativados mais três.

Em 1985, um grave acidente nuclear num dos reatores diminuiu a potência da usina em 25%. Em 26 abril de 1986, duas fortes explosões destruíram o reator central, originando uma brecha no núcleo de mil toneladas. Seguiram-se outras explosões, provocadas pela liberação de vapor, espalhando uma gigantesca nuvem de radiação que contaminou 75% da Europa, da Irlanda do Norte à Grécia.

Nas imediações de Chernobil, 31 bombeiros ou trabalhadores da usina morreram naquele dia, e 135 mil pessoas foram evacuadas. A União Soviética tentou ocultar as proporções do acidente. Antes mesmo de Moscou admitir a catástrofe oficialmente, a Suécia e a Finlândia já alertavam para o aumento da radiação.

Catástrofe aumentou ceticismo antinuclear

No sul da Alemanha, por exemplo, naquele dia, as medições no solo apontaram até 45 mil bequeréis de contaminação por césio 137 (o valor normal é 300 bequeréis). Apesar dos indícios evidentes de perigo, as fontes oficiais, como a Agência Internacional de Energia Atômica e o Fórum Nuclear Alemão, tentaram minimizar as consequências. Em todo o mundo, cresceu a polêmica em torno do uso e dos perigos da energia nuclear.

Após o acidente, milhares de soldados construíram uma proteção de aço e cimento, denominada sarcófago, para proteger o reator destruído. Em 1991, um incêndio de grandes proporções levou ao encerramento das atividades de outro dos reatores. A Agência Internacional de Energia Atômica inspecionou a central em março de 1994 e encontrou várias deficiências de segurança nos dois reatores ainda em funcionamento.

O sarcófago que sela o que resta do reator explodido estava ruindo. Em 1995, foi elaborado um protocolo de acordo entre a Ucrânia e as sete nações mais industrializadas (G7) para o encerramento das atividades da usina nuclear de Chernobil, em troca de assistência econômica. Em dezembro de 2000, a usina nuclear de  Chernobil encerrou oficialmente suas atividades.

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