Fifa diz que está revendo regras para transgêneros

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Órgão máximo do futebol diz que vai revisar políticas de elegibilidade para atletas trans após entidades mundiais de natação e de rúgbi restringirem participação de mulheres transgênero em competições femininas.

Fifa, a entidade máxima do futebol, está revisando suas políticas de elegibilidade para atletas transgênero após a Federação Internacional de Natação (Fina) e a Liga Internacional de Rúgbi (IRL) aprovarem novas regras restringindo a participação de mulheres transgênero em competições femininas. O chefe da entidade que rege o atletismo mundial também se disse a favor de medidas similares.

Nesta terça-feira (21/06) a IRL baniu jogadoras transgênero da competição internacional feminina até segunda ordem. A medida foi anunciada após a decisão da Fina, divulgada no domingo, de restringir a participação delas em competições femininas de elite.

A IRL disse que precisa realizar consultas e equilibrar a participação de transgêneros contra o “risco percebido” para outros atletas.

“Até que mais pesquisas sejam concluídas para permitir que a IRL implemente uma política formal de inclusão de transgêneros, as jogadoras [que realizaram transição] de homem para mulher (mulheres trans) não podem jogar em partidas sancionadas da liga internacional de rúgbi feminina”, disse a IRL em comunicado.

Um porta-voz da Fifa confirmou nesta terça-feira à agência de notícias DPA que “a Fifa está atualmente revisando seus regulamentos de elegibilidade de gênero, em consulta com partes interessadas especializadas”. Ele acrescentou que a federação não vai comentar sobre regras específicas, porque o processo ainda está em andamento.

“Se a Fifa for solicitada a verificar a elegibilidade de um jogador antes de os novos regulamentos entrarem em vigor, qualquer caso será tratado caso a caso, levando em conta o claro entendimento da Fifa no compromisso com o respeito pelos direitos humanos.”

“Seguiremos a ciência”

Já o chefe da World Athletics, órgão que rege o atletismo a nível mundial, Sebastian Coe, elogiou as restrições impostas pela Fina. Em entrevista à BBC, ele disse que o atletismo poderia seguir a federação de natação, com uma reunião de seu conselho para discutir o assunto no final do ano.

Sob suas regras atuais, mulheres trans precisam ter baixos níveis de testosterona em certas competições. “Sempre acreditamos que a biologia supera o gênero e vamos continuar a rever os nossos regulamentos de acordo com isso. Nós seguiremos a ciência”, disse Coe.

A União Ciclística Internacional (UCI) restringiu na semana passada suas regras limitando os níveis de testosterona para transgêneros.

A Fina decidiu no fim de semana que atletas transgênero não podem participar de competições femininas se tiverem passado pela puberdade masculina e informou que está planejando uma categoria aberta para atletas cujo sexo é diferente daquele do nascimento.

Voz do Pará com informações da Reuters

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