Apesar das sanções, Bolívia e Paraguai estão de olho na Rússia

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A Rússia está aumentando suas relações com os países latino-americanos em diferentes áreas, incluindo tecnológica, econômica e militar

Bolívia e Paraguai estão interessados ​​em consolidar suas relações comerciais com a Rússia, em meio a sanções ocidentais contra o país euroasiático.

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À margem da cúpula do Mercado Comum do Sul (Mercosul), realizada na quarta e quinta-feira na cidade paraguaia de Luque, a agência de notícias russa Sputnik realizou entrevistas com os chanceleres da Bolívia e do Paraguai, Rogelio Mayta e Julio César Arriola, respectivamente e publicou neste sábado.

Mayta afirmou que a Bolívia espera que os projetos de investimento que a Rússia tem no país andino possam ser concluídos apesar das sanções, uma medida coercitiva que, em sua opinião, agrava os problemas.

“Estamos envolvidos em vários projetos, como por exemplo, o centro de pesquisa nuclear, um projeto de vários anos e, no entanto, queremos poder garantir que estas iniciativas possam ser concluídas de forma satisfatória”, disse Mayta. 

O chefe da diplomacia boliviana também afirmou que La Paz pode “estudar, analisar e pensar” sobre a possibilidade de um sistema de pagamentos russo equivalente ao da plataforma da Sociedade de Comunicações Financeiras e Interbancárias Mundiais (SWIFT, na sigla em inglês).

Arriola especificou que o objetivo de Assunção é consolidar o comércio com a Rússia em várias áreas, já que “a Rússia é um mercado muito grande” e um país com o qual o Paraguai mantém relações “muito boas”.

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“Há algumas restrições que estão sendo aplicadas que nos afetam, mas as relações estão bem e o comércio continua como de costume “, disse o principal diplomata paraguaio.

Rússia e América Latina, um desafio para os Estados Unidos

A Rússia está aumentando suas relações com os países latino-americanos em diferentes áreas, incluindo tecnológica, econômica e militar, em meio às políticas agressivas dos Estados Unidos contra algumas nações da região.

Diante de tal situação, Washington acusa Moscou de desafiar sua influência na América Latina, área que considera seu “quintal” e onde busca mais uma vez impor políticas baseadas na Doutrina Monroe.

Portanto, os EUA não poupam esforços para forçar os países latino-americanos a  aderir às sanções contra a Rússia  com ameaças e outras medidas.

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