É a picanha, estúpido!

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Desde o golpe contra a Dilma que se deteriora a renda da classe trabalhadora

Há muito que viralizou a frase, “É a economia, estúpido”. Supostamente proferida pelo marqueteiro de Bill Clinton nos idos de 1992. O significado era que, não adiantava ao adversário do ex-presidente norte americano à época ressaltar seus feitos em relação à segurança e soberania se a economia dos EUA ia mal.

De fato, Clinton venceu as eleições.

Ou seja, pouco importa seus feitos ou o que você defende se isso não supre as dificuldades de acesso a bens de consumo, ou seja, o que pesa no bolso define as eleições.

Algo semelhante ocorre hoje no Brasil. Já ouviu dizer assim? No governo Lula fazíamos churrasco com picanha.

Desde o golpe contra a Dilma que se deteriora a renda da classe trabalhadora.

Poderia-se concluir daí que o eleitorado não está preocupado em votar na esquerda ou na direita, pois o que importaria seria o bolso, a economia.

Neste sentido,os dados trazidos pela última pesquisa Datafolha que coloca Lula à frente de Bolsonaro (47% x 29%), contudo há empate entre quem se declara de esquerda, direita ou centro.

Contudo, a pesquisa passa longe da questão, o que o eleitorado considera de esquerda e de direita?

Pois, a visão dominante sobre os dois pólos do espectro político é a visão da classe dominante, que, justamente, segmenta os resultados da economia das opções políticas.

É complicado, mas podemos dizer que quem define o que é esquerda e direita, de forma geral, é a direita.

Uma visão que trata do neoliberalismo como sendo resultado da acuidade de técnicos. Que a independência do Banco Central seria uma exigência técnica e não do mercado.

Essa visão, há muito cultivada pelos meios de comunicação e demais influencers sociais, encontrou em Bolsonaro seu extremo. Agora tenta reverter o processo, mas apenas tirando o bode da sala, ou seja, tirando Bolsonaro da Presidência. Mantendo, contudo, a política neoliberal no comando.

Por isso, alerta total nas eleições de 2022.

Além de eleger o candidato que derrotará Bolsonaro, temos que eleger parlamentares que sustentem um projeto popular.

Ou seja, não dá pra eleger gente da direita e do centrão, que defendem o neoliberalismo, caso contrário, adeus picanha! (por Marcel Farah)

VOZ DO PARÁ: Essencial todo dia!

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