Desde o golpe contra a Dilma que se deteriora a renda da classe trabalhadora
Há muito que viralizou a frase, “É a economia, estúpido”. Supostamente proferida pelo marqueteiro de Bill Clinton nos idos de 1992. O significado era que, não adiantava ao adversário do ex-presidente norte americano à época ressaltar seus feitos em relação à segurança e soberania se a economia dos EUA ia mal.
De fato, Clinton venceu as eleições.
Ou seja, pouco importa seus feitos ou o que você defende se isso não supre as dificuldades de acesso a bens de consumo, ou seja, o que pesa no bolso define as eleições.
Algo semelhante ocorre hoje no Brasil. Já ouviu dizer assim? No governo Lula fazíamos churrasco com picanha.
Desde o golpe contra a Dilma que se deteriora a renda da classe trabalhadora.
Poderia-se concluir daí que o eleitorado não está preocupado em votar na esquerda ou na direita, pois o que importaria seria o bolso, a economia.
Neste sentido,os dados trazidos pela última pesquisa Datafolha que coloca Lula à frente de Bolsonaro (47% x 29%), contudo há empate entre quem se declara de esquerda, direita ou centro.
Contudo, a pesquisa passa longe da questão, o que o eleitorado considera de esquerda e de direita?
Pois, a visão dominante sobre os dois pólos do espectro político é a visão da classe dominante, que, justamente, segmenta os resultados da economia das opções políticas.
É complicado, mas podemos dizer que quem define o que é esquerda e direita, de forma geral, é a direita.
Uma visão que trata do neoliberalismo como sendo resultado da acuidade de técnicos. Que a independência do Banco Central seria uma exigência técnica e não do mercado.
Essa visão, há muito cultivada pelos meios de comunicação e demais influencers sociais, encontrou em Bolsonaro seu extremo. Agora tenta reverter o processo, mas apenas tirando o bode da sala, ou seja, tirando Bolsonaro da Presidência. Mantendo, contudo, a política neoliberal no comando.
Por isso, alerta total nas eleições de 2022.
Além de eleger o candidato que derrotará Bolsonaro, temos que eleger parlamentares que sustentem um projeto popular.
Ou seja, não dá pra eleger gente da direita e do centrão, que defendem o neoliberalismo, caso contrário, adeus picanha! (por Marcel Farah)
VOZ DO PARÁ: Essencial todo dia!