“Ela está em um caixão”: torcedores irlandeses comemoram a morte de Elizabeth II (vídeo)

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Os torcedores do Shamrock Rovers da Irlanda comemoraram a morte da rainha Elizabeth II durante  uma partida. A torcida zombou da morte da monarca com o canto “ela está em um caixão”.

A morte de Elizabeth II gerou polêmica na Irlanda depois que torcedores do Shamrock Rovers comemoraram sua morte em uma partida contra o Djurgardens IF Fotboll da Suécia, jogo válido pela primeira fase de grupos da UEFA Conference League, no estádio Tallaght, na cidade de Dublin (capital da Irlanda).

“Lizzy [Isabel] está em um caixão, Lizzys in a box”, entoou os torcedores do Shamrock Rovers na quinta-feira, levantando os punhos e aplaudindo das arquibancadas.

O vídeo que viralizou nas redes sociais mostra o ocorrido, que foi descrito como “uma falta de respeito” à memória da rainha.

Será necessário ver se a União das Federações Europeias de Futebol (UEFA, na sigla em inglês) decide aplicar alguma sanção ao clube irlandês pela reação de seus torcedores.

Durante séculos, a Irlanda esteve sob o controle dos ingleses. Os irlandeses tentaram se tornar independentes em várias ocasiões, mas sempre perderam a guerra até o início do século XIX, quando o movimento separatista, liderado pelo Exército Republicano Irlandês (IRA), conseguiu se impor às tropas britânicas.

Enquanto isso, a Lei do Governo da Irlanda, uma lei promovida pelo Parlamento do Reino Unido que dividiu a ilha em duas, entrou em vigor em 3 de maio de 1921, e a Irlanda do Norte tornou-se uma região dentro do Reino Unido, enquanto a Irlanda do Sul tornou-se uma região autônoma.

Então, o novo Parlamento irlandês declarou oficialmente sua independência do Reino Unido em 7 de dezembro de 1922, mas foi em 1949 que foi constituído como uma república e as funções anteriormente atribuídas ao monarca passaram para as mãos do presidente irlandês.

A divisão da Irlanda causou uma disputa política não apenas entre ingleses e irlandeses, mas também entre os irlandeses do norte. Os sindicalistas queriam permanecer ligados ao Reino Unido, mas os independentistas (ou nacionalistas) queriam o Ulster de volta à República da Irlanda.

O confronto se transformou em um conflito armado durante a segunda metade do século 20 e deixou mais de 3.000 mortos, incluindo soldados britânicos, grupos paramilitares e civis. O processo de paz não foi concluído até 1998, quando todas as partes assinaram o Acordo de Sexta-feira Santa.

Agora, com a morte da rainha Elizabeth II, o novo rei britânico, o príncipe Charles III, será desafiado a manter o controle da Irlanda do Norte, onde os nacionalistas clamam pela independência do Reino Unido, sob a autoridade da monarquia.

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