Se os Estados Unidos enviarem mísseis para a Ucrânia, será parte do conflito, diz Rússia

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Washington está colocando em risco sua própria segurança e alertou que, desta forma, os países ocidentais estão  a “alimentar o fogo” do conflito e terão que assumir as “repercussões trágicas” 

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que considerarão os Estados Unidos parte do conflito, se entregarem mísseis de longo alcance à Ucrânia.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zajárova, confirmou esta quinta-feira durante um briefing que “se Washington tomar a decisão de enviar mísseis de longo alcance para Kiev, cruzará uma linha vermelha e se tornará parte direta do conflito”.

Na terça-feira, a Ucrânia exigiu novamente que os Estados Unidos fizessem seus pacotes de ajuda militar planejados para 2023 incluíssem mísseis de longo alcance, como o ATACMS, que podem ser disparados por sistemas de lançadores de foguetes múltiplos HIMARS ou M270 MLRS.

Zakharova deixou claro que, se os Estados Unidos concordarem com o pedido de Kyiv de fonecer foguetes de longo alcance, “a Rússia se reserva o direito de defender seu território com todos os meios à sua disposição”.

A porta-voz enfatizou que o fornecimento de armas à Ucrânia fez com que o conflito se prolongasse e “está levando a um confronto militar direto entre a Rússia e os estados da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]”, disse ela.

De acordo com um relatório do Comando de Transporte dos EUA (USTRANSCOM) em sua  conta no Twitter,  os Estados Unidos até agora movimentaram 47.000 toneladas de armas e equipamentos militares em apoio às forças ucranianas, incluindo 140 sistemas de artilharia e 660.000 projéteis, 41.000 sistemas anti-blindagem, 1.400 sistemas de defesa aérea, 15 helicópteros, 38 radares, 10.200 armas pequenas, mais de 63,8 milhões de cartuchos de armas pequenas e 18 barcos de patrulha.

Perante tal ajuda militar, a Rússia afirmou em várias ocasiões que o Ocidente, em particular os EUA estão colocando em risco sua própria segurança e alertou que, desta forma, os países ocidentais estão  a “acender o fogo” do conflito e terão que assumir as “repercussões trágicas” .

 

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