Putin promete salvar ucranianos pro-Rússia; Estado Unidos apela à ONU contra referendos

Leia mais

Enquanto Putin reitera seu forte apoio aos pró-russos da Ucrânia no processo de referendo, os EUA prometem levar o caso ao Conselho de Segurança da ONU para condenar a Rússia.

Em várias partes da Ucrânia realizaram-se referendos sobre a incorporação na Rússia durante cinco dias – processo iniciado desde a última sexta-feira até esta terça-feira – precisamente nas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk localizadas no Donbas, no leste, e Jershon e Zaporiyia regiões, ao sul.

Enquanto os resultados preliminares mostram que a maioria votou a favor de fazer parte da Federação Russa, a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, anunciou neste mesmo dia que seu país planeja apresentar uma resolução perante as Nações Unidas (Conselho de Segurança  – CSNU),  condenando os referendos.

De acordo com Thomas-Greenfield, Washington apresentará a resolução junto com a Albânia e pedirá aos Estados membros que não reconheçam qualquer alteração de status da Ucrânia e também forçará a Rússia a retirar suas tropas dos territórios ucranianos.

Depois de qualificar estes plebiscitos de “falsos”, o enviado norte-americano sublinhou que, se estes referendos forem aceitos, “abrir-se-á uma caixa de Pandora que não podemos fechar”.

O que a Rússia diz?

Perante as tentativas dos EUA de desacreditar os referendos, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assegurou hoje mesmo que a sua prioridade é a “salvação” das pessoas que vivem nos territórios da Ucrânia acima mencionados, onde se realizou os referendos.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou que, após o anúncio dos resultados definidos dos referendos, a situação nestas regiões vai mudar “de forma radical do ponto de vista jurídico”.

A Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia em 24 de fevereiro depois que o presidente russo reconheceu a independência de Donetsk e Lugansk. Além disso, segundo Putin, o objetivo da missão é salvar civis — muitos russos ou descendentes de russos — daquela região que vem enfrentando o genocídio do governo ucraniano desde 2014, que havia acumulado forças e equipamentos militares naquela área, sob o guarda-chuva da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), com os EUA à frente.

- Publicidade -spot_img

More articles

- Publicidade -spot_img

Últimas notíciais