Artigo revelou como os Estados Unidos planejaram invadir a Venezuela na era Trump, para a qual entregaram um bilhão de dólares à oposição.
O ex-Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, durante o mandato de Donald Trump (2017-2021), publicou esta semana o livro “Never Give An Inch” (Não ceda uma polegada, em português), no qual dá detalhes sobre os planos do então assessor de segurança, John Bolton, e de Trump para derrubar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
“Trump pensou em invadir a Venezuela e deu US$ 1 bilhão à oposição em ajuda humanitária”, disse Pompeo em seu livro.
Segundo o ex-funcionário dos Estados Unidos, eles também discutiram a opção militar pela Venezuela em suas reuniões. “Nenhum de nós quis falar publicamente sobre esta medida extrema”, confessou.
As declarações de Pompeo geraram reações no país sul-americano. Nesse sentido, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, condenou nesta sexta-feira, em mensagem postada no Twitter, os depoimentos do ex-funcionário, e expressou que os americanos têm explorado sistematicamente a oposição criminosa, que eles tentaram por meios antidemocráticos lançar ao poder político venezuelano.
O chanceler venezuelano, Yván Gil, disse em um tweet que, “enquanto o império planejava a morte de nosso país e recebia apoio de grupos de traidores, nossos clamores eram ignorados pela comunidade internacional. Mas hoje os agressores confessam.”
Assembleia Nacional investigará plano de golpe dos EUA revelado por Pompeo
Em nota, a Assembleia Nacional (AN) da Venezuela informou que vai investigar a conspiração revelada pelo ex-secretário de Estado dos Estados Unidos em seu livro. A solicitação foi feita pelo segundo vice-presidente do Parlamento, o deputado América Pérez.
O presidente da AN, Jorge Rodríguez, também afirmou que esta é mais uma demonstração “das claras intenções do Governo de Donald Trump de intervir na Venezuela”.