Os primeiros exercícios desse tipo começaram há cinco anos, e ocorrem diante das ações da Coreia do Norte que faz lançamentos de mísseis quase diários
Os militares dos EUA e da Coreia do Sul embarcaram em um exercício conjunto em larga escala com o objetivo de praticar pousos anfíbios, informou a mídia sul-coreana. Os exercícios, que fazem parte das manobras do ‘Escudo da Liberdade’, continuaram apesar dos repetidos avisos de Pyongyang.
Na segunda-feira, o canal de TV KBS da Coréia do Sul, citando os militares do país, informou que os exercícios ‘Ssangyong’ começaram na costa leste da província de Gyeongsang do Norte e devem ser concluídos em 3 de abril. um hiato de cinco anos, com divisões inteiras participando em conjunto com brigadas.
O exercício conta com mais de 30 embarcações de ambos os países, 70 aeronaves, incluindo caças furtivos F-35B e helicópteros de ataque AH-64, além de 50 veículos de assalto anfíbios.
Na semana passada, a agência de notícias Yonhap citou oficiais militares sul-coreanos dizendo que as manobras ‘Ssangyong’ visavam demonstrar as capacidades “ esmagadoras ” das nações parceiras.
“O próximo treinamento demonstrará a vontade da aliança Coreia do Sul-EUA de realizar a ‘paz através da força”, explicou o comandante do Corpo de Fuzileiros Navais, tenente-general Kim Gye-hwan.
De acordo com Yonhap, participando dos exercícios pela primeira vez estão várias dezenas de fuzileiros navais britânicos, com militares da Austrália, França e Filipinas observando-os.
Enquanto isso, a Coreia do Norte disse na segunda-feira que testou um míssil “com uma ogiva de teste simulando uma carga nuclear“ no fim de semana, demonstrando o poder de fogo de Pyongyang e sua prontidão para responder a qualquer “movimento imprudente“ de Washington e Seul.
A estatal Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA) citou o líder do país, Kim Jong-un, argumentando que “somente quando o Norte estiver totalmente equipado com uma postura de ataque nuclear é que poderá realizar sua importante missão estratégica de dissuadir a guerra.”
Kim assistiu ao lançamento do míssil na manhã de domingo junto com sua filha Ju-ae. A última demonstração de força da RPDC foi precedida por vários outros lançamentos de mísseis na semana passada.
Pyongyang insiste que o aumento de sua atividade militar é meramente uma resposta aos atuais exercícios militares entre EUA e Coreia do Sul, que o Norte acredita ser uma preparação para um ataque.
Washington e Seul, por sua vez, dizem que as manobras são sua resposta às ações desestabilizadoras do Norte, incluindo um número recorde de lançamentos de mísseis em 2022.