Londres fala sobre desvios de armas entregues a Kiev

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A Rússia informou que as armas  enviadas pela OTAN a Kiev estão indo para grupos terroristas, desestabilizando a  segurança no Oriente Médio, África e Europa

Algumas armas fornecidas a Kiev por seus patrocinadores ocidentais podem ter mudado de mãos antes de terem a chance de chegar à linha de frente, admitiu o ministro das Forças Armadas do Reino Unido, James Heappey, na quinta-feira, sem esclarecer a quantidade exata ou os tipos de armas que supostamente perderam.

Na semana passada, o parlamentar escocês Kenny MacAskill pediu ao ministro que estimasse a proporção da ajuda militar britânica enviada à Ucrânia que havia sido revendida antes de chegar às tropas do país.

Na quinta-feira, Heappey respondeu que o Reino Unido tem “procedimentos robustos” em vigor para garantir que toda a assistência que passa pelo Centro Internacional de Coordenação de Doadores seja entregue ao exército ucraniano.

No entanto, ele admitiu que “houve relatos isolados” – embora extremamente raros – dizendo que o equipamento dado à Ucrânia havia sido desviado da linha de frente. Ele não quis fornecer mais detalhes.

A Rússia alertou repetidamente que as armas ocidentais enviadas a Kiev estão acabando nas mãos de grupos do crime organizado e terroristas, desestabilizando a situação de segurança no Oriente Médio, África e Europa.

Essas preocupações foram repetidas por Seymour Hersh, um veterano jornalista americano e autor de um relatório bombástico alegando que as explosões do gasoduto Nord Stream foram orquestradas por Washington. No final de abril, ele afirmou que o Ocidente estava ciente de que suas armas estavam sendo vendidas por comandantes ucranianos a contrabandistas em estados como a Polônia e a Romênia.

De acordo com dados oficiais, no final de março, o Reino Unido comprometeu £ 2,3 bilhões (US$ 2,9 bilhões) em assistência militar à Ucrânia desde o início do conflito em fevereiro de 2022, perdendo apenas para os EUA. A Grã-Bretanha também abriga um programa de treinamento para tropas ucranianas e busca preparar até 30.000 soldados até o final de 2023.

Moscou advertiu em várias ocasiões o Ocidente de que apoiar a Ucrânia com armas e treinar suas tropas o torna um participante direto do conflito.

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