O governo russo já havia expressado repetidamente sua disposição de negociar com a Ucrânia para chegar a uma solução para o conflito
O principal funcionário da inteligência ucraniana, Kirill Budanov, propôs a criação de uma zona desmilitarizada de 100 km de extensão entre a Ucrânia e a Rússia.
“A questão de acabar com a guerra [envolve] a criação de uma zona desmilitarizada; esse é o nosso objetivo”, disse o chefe da Diretoria Principal de Inteligência do Ministério da Defesa ucraniano ao canal de TV ucraniano Islandia (Islândia).
Ao aprofundar os aspectos práticos da criação de tal zona, Budanov disse que “esta seria uma zona que não poderia ser atacada pelos meios usuais”. “Na minha opinião, esta seria absolutamente a distância certa”, apontou o principal oficial de inteligência.
O governo russo havia repetidamente expressado sua disposição de negociar com a Ucrânia para chegar a uma solução para o conflito. Ao mesmo tempo, no entanto, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, apontou que o principal obstáculo no caminho de tais negociações era a proibição de conduzir negociações com o presidente russo, Vladimir Putin, legalmente consagrada pelo decreto do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, de setembro 30 de dezembro de 2022, “bem como as iniciativas do chefe de Estado ucraniano, que indicam o completo distanciamento oficial de Kiev das realidades modernas”, incluindo a exigência de retirada das tropas russas das novas regiões do país.