Polícia de Helder preocupa senador Zequinha Marinho em Bom Jesus do Tocantins

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Tensão em Bom Jesus do Tocantins vem extrapolando as fileiras da Polícia Militar no Estado

Após tomar um grande revés como candidato a governador do Pará para Helder Barbalho nas eleições de 2022, o senador Zequinha Marinho se vê envolvido em mais uma trama com o governador do estado. O político que esta semana deixou o PL para se filiar no Podemos teria dito a pessoas próximas que a forma com que o governador conduz as forças de segurança no estado são bastante preocupantes.

Bom Jesus do Tocantins

O comando da Polícia Militar em Bom Jesus de Tocantins, município base do senador, estaria vivenciando uma espécie de conflito intra-corporação. As denúncias envolveriam agressões diretas e indiretas à tropa e à própria instituição – Polícia Militar. Estaria ocorrendo nas fileiras da Briosa, assédio moral, uso de palavrões, ordens indevidas, punições ilegais.

Divulgação: redes sociais – imagem de suposto documento que aponta abertura de sindicância instaurada para apurar as denúncias em Bom Jesus do Tocantins.

A conduta do comandante do 9° PPD em Bom Jesus do Tocantins estaria deteriorando o papel institucional da corporação no município, diz a fonte. E o senador estaria preocupado como a apatia do governo do Pará diante da situação. Zequinha Marinho que está com parte de sua base de apoio comprometida por envolvimentos nos atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no dia 08 de janeiro, agora assiste a turbulência e instabilidade em um dos seus principais municípios no sudeste do Pará.

O governo do Estado do Pará tem investido forte no aparelhamento das polícias, com aumento do efetivo, compra de armas, viaturas, aumento de salários, bem como reforma e ampliação das casas penais. Mas apesar disso, houve um aumento de violência no sentido de ataques às escolas e ainda existem muitas comunidades fechadas e dominadas por criminosos, evidenciando uma impotência da instituições de segurança pública no combate ao crime organizado.

A tensão em Bom Jesus do Tocantins vem extrapolando as fileiras da Polícia Militar no Estado. O retrospecto de mortes de policiais no Pará cria um precedente perigoso quando associado à política de segurança pública de Helder Barbalho.

A intensa jornada de trabalho e níveis elevados de ansiedade e agressividade. As longas e estressantes jornadas de trabalho dos agentes de segurança pública pode ter impactos na saúde mental e emocional, aumentando a propensão a comportamentos agressivos. No entanto, é necessário considerar que cada indivíduo reage de forma diferente às pressões do trabalho, e nem todos os agentes desenvolvem comportamentos violentos. O cotidiano do agente de segurança pública é complexo é envolve questões muito sensíveis como enumerados a seguir:

  1. Liberação de criminosos pelo Poder Judiciário: A soltura de criminosos contumazes pode gerar frustração e descrença nos agentes de segurança, comprometendo a sensação de justiça e segurança. No entanto, é necessário avaliar os procedimentos legais e o contexto específico de cada caso para entender as razões por trás das decisões judiciais.
  2. Enfrentamento de facções criminosas: A atuação policial contra facções criminosas representa um desafio complexo e perigoso. A presença dessas organizações criminosas em todo o país e a influência que exercem sobre agentes públicos de várias posições sociais aumentam a dificuldade do trabalho policial e expõem os agentes a riscos significativos.
  3. Fragilidade do sistema de segurança pública: A impunidade, a violência generalizada e a sensação de insegurança na sociedade podem fragilizar o sistema de segurança pública, tornando-o mais suscetível a eventos trágicos.

    O Contexto específico do Estado do Pará

    O exemplo mencionado do Estado do Pará, com elevadas taxas de assassinato de policiais, destaca a gravidade da situação e a necessidade de medidas específicas para combater a violência e fortalecer as instituições de segurança pública. O investimento em aparelhamento, aumento do efetivo, compra de armas e reforma das casas penais são ações importantes, mas os desafios ainda persistem.

    A política de segurança pública do estado do Pará tem transformado as polícias em instrumentos mais letais, mas os resultados são muito tímidos, principalmente quando se considera a quantidade de dinheiro gasto.

    A segurança pública paraense exige mais estratégia do que contingente. Mas a ilimitada celebração de contratos de prestação de serviço de segurança pública abre um precedente perigoso, o de se gastar muito e se gastar mau – isso dá margem para várias interpretações sobre de como se está gastando o dinheiro público no Pará. Segundo os dispositivos de publicidade e marketing do governo paraense, tudo segue em paz. Mas a sensação nas ruas é de guerra.

    Uma Polícia Militar muito mais letal está presente nas escolas paraenses, isto sim é uma trágica inovação. A intenção do governo é que essa polícia evite uma tragédia. Mas as forças de segurança não conseguira tirar o Pará do recorde de estados com o maior número de homicídios de agentes de segurança pública da federação.

    O caso de Bom Jesus do Tocantins é bastante revelador, e justifica as preocupações do senador Zequinha Marinho, afinal o Pará, que já tinha uma das polícias mais letais do mundo, aparelhou ainda mais esta instituição, que em algum momento pode se virar contra si mesma e provocar uma tragédia, como o que ocorreu em Camocim, no Ceará, onde um policial civil matou quatro colegas de trabalho no último dia 15 de maio.

    A pergunta que inquieta o senador também assombra a todos os paraense. A cultura organizacional da Polícia Militar está sendo bem conduzida para que se evite mais traumas à sociedade? O cidadãos de Bom Jesus do Tocantins responderiam com um sonoro NÃO.

    Resta a esperança de que os envolvidos na segurança pública paraense parem de brincar com fogo.

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