Suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco temiam prisão de Domingos Brazão

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Segundo o Intercept, investigadores apuram se Domingos Brazão mandou matar Marielle para se vingar de Marcelo Freixo. Leia o trecho de um diálogo entre um filho de delegado e um PM

Flávio VM Costa, André Uzêda, Carol Castro e Paulo Motoryn, Intercept Brasil – Na véspera da operação policial que levou para cadeia os ex-policiais militares acusados de matar Marielle Franco e Anderson Gomes, outros suspeitos de envolvimento no crime temiam a prisão de um político investigado como um dos possíveis mandantes do atentado: Domingos Inácio Brazão. No dia 11 de março de 2019, às 23h, Jomar Duarte Bittencourt Júnior, conhecido como Jomarzinho e filho de um delegado da Polícia Federal, enviou uma mensagem por WhatsApp a um policial militar. “Pelo que me falaram vão até prender Brazão e Rivaldo Barbosa”, escreveu Jomarzinho. “Putz”, respondeu o sargento.

A primeira menção refere-se a Domingos Brazão, líder de uma família de políticos com atuação na Zona Oeste do Rio de Janeiro e suspeito de ser aliado de milicianos na região. À época, ele estava afastado do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, acusado pela Operação Lava Jato de receber propinas de empresários do setor de transporte. As investigações cogitam a hipótese de que Brazão mandou matar Marielle para se vingar de Marcelo Freixo, ex-deputado estadual e atual presidente da Embratur na gestão Lula. Freixo ajudou procuradores da República em operações da Lava Jato do Rio que resultaram nas prisões de políticos do MDB, a exemplo do próprio Brazão, e dos então deputados estaduais Jorge Picciani (já falecido), Paulo Melo e Edson Albertassi.

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