Países possuem capacidades econômicas complementares
O Irã busca cooperação com o Brasil, os persas consideram que isso fortalecerá o multilateralismo e ajudará a garantir os interesses dos países independentes.
“A cooperação entre o Irã e o Brasil no cenário internacional terá um papel importante no fortalecimento dos mecanismos multilaterais e na proteção dos interesses dos países independentes, será a base para consolidar a estabilidade e promover a segurança sustentável”, destacou o ministro de Assuntos Políticos, Ali Baqeri Kani, na 12ª sessão de consultas políticas entre Irã e Brasil, em Brasília, capital do país latino-americano.
Sublinhando que o unilateralismo e o extremismo estão em declínio no mundo, o diplomata iraniano disse que a estabilidade será promovida com base no multilateralismo, se cada país fizer a sua parte nos mecanismos políticos, económicos e internacionais com base nas suas capacidades.
Referindo-se à disposição dos dois lados de realizar uma nova rodada da comissão econômica conjunta nos próximos meses, Baqeri Kani disse que as “capacidades econômicas complementares” do Irã e do Brasil anunciam “cooperação econômica sustentável e estável” entre os dois países.
Baqeri Kani e o secretário para África e Ásia Ocidental do Itamaraty, Carlos Sérgio Sobral Duarte, presidiram nesta quarta-feira, em Brasília, a 12ª sessão de consultas políticas entre os dois países.
Ambos discutiram formas de facilitar e diversificar as relações comerciais e econômicas e desenvolver a cooperação cultural, científica, ambiental, turística e parlamentar.
A ênfase no multilateralismo e nas formas pacíficas de resolução dos conflitos atuais, a rejeição de sanções unilaterais e o papel de organizações multilaterais como o BRICS na criação de uma ordem estável e voltada para o desenvolvimento foram alguns dos assuntos discutidos pelos dois altos diplomatas durante o encontro na quarta-feira.
No quadro da sua política externa baseada no multilateralismo e no desenvolvimento sustentável das relações econômicas e comerciais com o mundo, a República Islâmica do Irão solicitou a adesão ao grupo BRICS [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul], essencialmente, aproveitar o poderoso mercado emergente como alternativa ao Ocidente, em particular a política unipolar dos Estados Unidos.
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