O ex-ministro conseguiu um aval do Supremo Tribunal Federal (STF) para ficar em silêncio diante de perguntas que possam incriminá-lo
Após um adiamento de 15 dias, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello deve falar hoje na CPI da Covid. É o depoimento mais aguardado até aqui e o mais temido pelo governo, ainda que o general tenha garantido no STF o direito de não responder às perguntas que possam incriminá-lo.
Pazuello foi o ministro da Saúde que mais tempo durou na gestão Bolsonaro e certamente será questionado sobre a demora na compra de vacinas e sobre a distribuição e uso da cloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz contra a Covid-19, que já matou 440 mil brasileiros desde março de 2020.
Outro tema que deve aparecer é a viagem feita a Manaus dias antes do colapso de oxigênio que matou pacientes asfixiados. O ex-ministro Ernesto Araújo depôs ontem e, na avaliação de integrantes da CPI, complicou Pazuello.
Contratos suspeitos
O Jornal Nacional revelou ontem à noite indícios de fraude em contratos da gestão Pazuello para reformar prédios do Ministério da Saúde. Leia a reportagem. A investigação aponta que militares da pasta escolheram empresas sem licitação e usaram a pandemia para justificar a urgência das obras. É mais um tema para Pazuello explicar à CPI.