Prova será aplicada junto com 90 questões objetivas no próximo domingo (3)
A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma das etapas mais aguardadas pelos candidatos. Com peso de 20% na composição da nota final, ela pode ser decisiva para a conquista de uma vaga na universidade, destacando-se por ser a única parte da prova onde é possível obter a pontuação máxima de 1.000. Neste artigo, apresentamos as melhores estratégias para que você, candidato, possa se preparar e brilhar na redação do Enem.
1. Pratique a escrita constantemente A prática regular da escrita é essencial para desenvolver habilidades e aprimorar a coesão e a clareza dos textos. A redação do Enem exige um texto dissertativo-argumentativo de 7 a 30 linhas, o que demanda familiaridade com a estrutura e fluidez da argumentação. “Todo tempo dedicado à prática é valioso”, destaca Roberta Paim, coordenadora de redação do colégio Galois.
2. Fique atento ao tema O Inep costuma selecionar temas relevantes e atuais, como questões sociais, econômicas e ambientais. “Recomendo que os alunos estejam informados sobre diversos eixos temáticos, pois isso os ajuda a argumentar com mais segurança, independentemente do tema que cair”, ressalta a professora Natália Rocha Marques.
3. Foque no recorte temático O candidato deve identificar e abordar corretamente o recorte temático proposto pelo Enem. Fugir do tema pode significar perda de pontos ou até nota zero. Cássia Braga, coordenadora de redação do Único Educacional, alerta: “É fundamental entender o recorte e abordá-lo de forma abrangente”.
4. Respeite o gênero dissertativo-argumentativo Desenvolva uma tese e proponha intervenções práticas para resolver ou atenuar o problema discutido. Qualquer desvio para outros gêneros textuais, como contos ou crônicas, resultará em nota zero.
5. Fortaleça seus argumentos A defesa de uma opinião sólida é o coração da redação do Enem. Utilize dados e informações concretas para reforçar sua argumentação. “Citações de autores e dados específicos tornam o texto mais persuasivo”, recomenda Natália.
6. Use repertório sociocultural Incluir referências a obras literárias, filmes e eventos históricos pode enriquecer o texto. A professora Cássia Braga aconselha que o repertório usado seja específico e bem alinhado com a argumentação.
7. Estruture bem sua redação Divida a redação em quatro parágrafos: introdução, desenvolvimento (dois parágrafos) e conclusão. Roberta Paim enfatiza a importância de organizar ideias e estruturar um rascunho antes da versão final.
8. Conecte suas ideias Use conectivos para garantir coesão e clareza entre os parágrafos e dentro deles. Isso facilita a leitura e o entendimento da redação.
9. Respeite os direitos humanos Propostas de intervenção devem seguir princípios de respeito aos direitos humanos. Sugestões que incitem violência ou desrespeitem a dignidade humana resultarão em penalização.
10. Adote a linguagem impessoal A redação deve ser escrita em terceira pessoa. Mantenha o distanciamento necessário para transmitir objetividade.
11. Utilize os textos de apoio Os textos de apoio ajudam a compreender melhor o tema, mas devem ser usados apenas como referência. Evite copiar trechos, pois isso não conta para o mínimo de linhas exigido.
12. Apresente uma proposta de intervenção Uma redação de excelência inclui uma solução prática e exequível para o problema discutido, mantendo coerência com os argumentos apresentados.
13. Escreva de forma legível Cuide da legibilidade da letra. Textos ilegíveis podem ser desconsiderados pelos avaliadores.
14. Gerencie seu tempo Dedique cerca de 60 a 90 minutos à redação. Planeje bem para evitar pressa ou falta de tempo para revisão.
15. Cuide da saúde mental Próximo à prova, durma bem, alimente-se de forma saudável e pratique atividades físicas leves para aliviar o estresse. “O nervosismo pode levar ao esquecimento de técnicas importantes”, alerta Cássia Braga.
16. Revise a gramática Antes de entregar a redação, revise cuidadosamente para corrigir erros de ortografia, concordância e pontuação.
A redação do Enem é avaliada por dois examinadores independentes, cada um atribuindo notas de 0 a 200 em cinco competências, totalizando 1.000 pontos. Essa pontuação pode fazer a diferença em processos seletivos como Sisu, ProUni e Fies.