Líderes discutiram negociações de paz entre Moscou e Kiev, com Scholz pedindo retirada de tropas russas.
Primeiro contato direto em quase dois anos
Nesta sexta-feira (16), o presidente russo Vladimir Putin e o chanceler alemão Olaf Scholz realizaram sua primeira conversa telefônica em quase dois anos. Durante a ligação, que durou cerca de uma hora, os líderes discutiram o conflito na Ucrânia e a possibilidade de negociações de paz, de acordo com informações do governo alemão.
A retomada do diálogo foi inicialmente reportada pela mídia alemã, enquanto o Kremlin apenas havia informado que Putin teria uma ligação internacional no dia, sem detalhar com quem seria. Após o contato, o porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, confirmou o conteúdo das conversas.
Foco nas negociações de paz
Segundo Hebestreit, o chanceler Scholz insistiu na importância de que Moscou demonstre disposição para negociar com Kiev visando um “acordo justo e duradouro”. Além disso, Scholz reiterou o compromisso de Berlim em apoiar a Ucrânia “pelo tempo que for necessário”.
Durante a conversa, Scholz também pressionou Putin a encerrar o conflito e retirar as tropas russas do território ucraniano. Apesar das divergências, ambos os líderes concordaram em manter os canais de comunicação abertos, segundo fontes oficiais.
Conversas com Zelensky e planos para o futuro
Antes de conversar com Putin, Scholz também entrou em contato com o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, e pretende falar novamente com ele após a ligação com o líder russo, informou Hebestreit. A Alemanha tem se posicionado como um dos principais apoiadores da Ucrânia no cenário europeu, fornecendo ajuda humanitária, militar e financeira desde o início do conflito.
Posição russa e silêncio do Kremlin
Até o momento, o Kremlin não divulgou detalhes sobre o conteúdo das conversas entre Putin e Scholz. No entanto, fontes recordam que o último contato direto entre os dois líderes havia ocorrido em 2 de dezembro de 2022. A retomada do diálogo ocorre em um momento de alta tensão geopolítica, com o conflito na Ucrânia se arrastando há quase dois anos e sem sinais claros de resolução no curto prazo.