Vladimir Putin confirma nova geração de armas hipersônicas usadas contra alvos estratégicos na Ucrânia
A Rússia deu mais um passo em sua corrida armamentista ao anunciar a produção em série do sistema de mísseis hipersônicos Oreshnik, considerado uma das armas mais avançadas desenvolvidas pelo país. A confirmação foi feita pelo presidente Vladimir Putin durante uma reunião no Kremlin, dias após o primeiro uso da arma em combate na Ucrânia. O movimento reforça a escalada militar no leste europeu, colocando o sistema no centro das atenções globais.
O que é o sistema Oreshnik
O sistema Oreshnik representa um marco na tecnologia militar russa. Diferentemente de outras armas derivadas de projetos soviéticos, o Oreshnik é descrito como um desenvolvimento completamente novo, baseado em tecnologias hipersônicas e materiais modernos. A arma, de médio alcance, foi projetada para realizar ataques de alta precisão contra alvos estratégicos.
Segundo Putin, o sistema foi criado “nas condições da Nova Rússia”, destacando sua capacidade de atender às demandas contemporâneas de defesa. O presidente ainda revelou que vários sistemas estão passando por testes finais antes da ampliação da produção e entrega às Forças de Mísseis Estratégicos da Rússia.
Primeiro uso em combate
A estreia do Oreshnik em combate ocorreu na última quinta-feira, quando foi usado para destruir instalações de defesa ucranianas em Dnepropetrovsk. O alvo, segundo fontes do Ministério da Defesa russo, foi a Yuzhmash, uma antiga instalação industrial soviética que hoje fabrica equipamentos de mísseis para a Ucrânia.
Putin justificou o uso da nova arma como uma resposta aos ataques de longo alcance realizados por Kiev em território russo, com armamentos fornecidos por países ocidentais, como os mísseis ATACMS, dos EUA, e Storm Shadow, do Reino Unido. “Foi necessário enviar um sinal claro”, afirmou o presidente russo, parabenizando os militares pelo sucesso do ataque.
Um alerta para o Ocidente
Analistas veem o anúncio como uma mensagem clara não apenas à Ucrânia, mas também aos países da OTAN. O Oreshnik demonstra a capacidade russa de desenvolver armamentos sofisticados mesmo sob sanções econômicas e restrições tecnológicas impostas pelo Ocidente.
A decisão de Putin de acelerar a produção em massa do sistema reforça a determinação de Moscou em consolidar sua posição militar. Especialistas, no entanto, alertam para as implicações da escalada tecnológica na guerra, que pode intensificar ainda mais o conflito e ampliar as tensões internacionais.
A produção em série do Oreshnik marca um novo capítulo na guerra da Ucrânia, sinalizando uma potencial mudança no equilíbrio de poder no campo de batalha. Com mísseis hipersônicos agora disponíveis em larga escala, a Rússia demonstra sua intenção de fortalecer seu arsenal estratégico, deixando claro que a inovação militar será uma prioridade no conflito.