Tentativa de Golpe? presidente da Coreia do Sul decreta lei marcial de emergência em meio a tensões políticas

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Em um discurso televisionado, o presidente Yoon justifica a medida para “proteger a ordem constitucional”, enquanto a oposição considera o ato como inconstitucional

A escalada da crise política na Coreia do Sul

Em uma medida inédita, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, anunciou nesta terça-feira o decreto de lei marcial de emergência, após acusar a oposição de preparar um “levante” no país. Em um discurso televisionado, Yoon afirmou que o Partido Democrático, que possui a maioria no parlamento, estava paralisando o governo com suas “atividades anti-estatais” e que a medida visava combater as forças pró-Coreia do Norte e proteger a ordem constitucional do país.

Tensão política: o embate entre governo e oposição

A crise política na Coreia do Sul atingiu um ponto crítico nas últimas semanas, quando o Partido Democrático, principal força de oposição, bloqueou o projeto de orçamento de 2025 do governo, um movimento que gerou uma enorme disputa política. O partido oposicionista também pressionou pela investigação de escândalos envolvendo a esposa do presidente e outros membros de alto escalão do governo, exacerbando ainda mais as tensões.

Em sua declaração, Yoon acusou a oposição de estar minando o governo e afirmou que a lei marcial seria uma medida necessária para proteger os valores democráticos e a estabilidade nacional. “O objetivo é erradicar as forças pró-Coreia do Norte e garantir que o sistema constitucional e a liberdade sejam mantidos”, afirmou o presidente.

Oposição classifica a medida como inconstitucional

Por outro lado, o Partido Democrático, liderado por Lee Jae-myung, reagiu com veemência à decisão de Yoon, denunciando a imposição da lei marcial como uma “violação constitucional”. Lee acusou o presidente de usar a crise política para reforçar seu poder e enfraquecer as instituições democráticas do país.

O partido, que tem sido uma constante pedra no sapato do governo de Yoon desde sua posse em 2022, também se opôs aos planos do governo para o orçamento de 2025. Em resposta ao impasse, a oposição apresentou um próprio projeto de orçamento, defendendo um aumento significativo dos gastos para revitalizar a economia e melhorar as condições de vida dos sul-coreanos.

Forças armadas em alerta: a militarização da política sul-coreana

A medida radical de Yoon também resultou em uma mobilização militar. Através de um comunicado oficial, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul convocou comandantes militares de alto escalão para uma reunião de emergência, colocando o exército em alerta máximo. Além disso, foi anunciada a suspensão de todas as atividades no parlamento, com os membros da Assembleia Nacional sendo proibidos de acessar o prédio, o que gerou ainda mais críticas sobre a crescente militarização da política no país.

O impacto da crise política na imagem de Yoon

Nos últimos meses, a popularidade do presidente Yoon tem caído, com os opositores acusando-o de falhar em cumprir suas promessas de campanha. Desde que assumiu a presidência em 2022, Yoon tem enfrentado uma oposição feroz, que tem sido fundamental para bloquear suas propostas e minar sua agenda. As tensões políticas, juntamente com os escândalos envolvendo sua família e membros do governo, têm contribuído para o desgaste de sua imagem pública.

O futuro da política sul-coreana: em busca de estabilidade ou polarização?

O futuro político da Coreia do Sul agora depende de como essa crise será resolvida. A imposição de lei marcial pode ser vista como uma tentativa do presidente de reafirmar seu controle sobre o governo e garantir a implementação de suas políticas. No entanto, a medida pode também aprofundar a polarização política, dificultando ainda mais o diálogo entre o governo e a oposição.

Enquanto o país se prepara para enfrentar as consequências desse confronto político, o mundo observa atentamente, uma vez que a Coreia do Sul desempenha um papel central na segurança e na dinâmica econômica da região, especialmente em relação à vizinha Coreia do Norte.

Na Coreia do Sul, parece que o único que está em alerta máximo é o próprio governo! Será que a ‘lei marcial’ vai virar a nova tendência para resolver impasses políticos?

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