Prosaico, Helder Barbalho resume ano de 2025 do Pará à COP30, evento que o Estado nunca teve condições de promover

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Em entrevista exclusiva, o governador do Pará destaca as perspectivas para 2025, a importância da COP30 para o Estado e o papel da Amazônia na agenda global de sustentabilidade

O Pará como protagonista da sustentabilidade global

Em uma conversa prosaica com o repórter Gabriel da Mota, do Jornal Liberal, o governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, destacou as ambições do governo estadual para 2025, ano que promete ser “decisivo” não apenas para o Brasil, mas especialmente para o Pará, com a realização da COP30, que acontecerá em Belém. Durante a entrevista, Barbalho traçou as diretrizes de sua gestão e explicou como pretende posicionar o Estado como uma referência global na luta contra a crise climática e na construção de uma nova economia verde.

“2025 é o ano do Pará, é o ano da Amazônia. Estamos diante de uma oportunidade histórica para liderarmos o processo de transição para uma economia sustentável, usando a nossa biodiversidade como fonte de riqueza e preservação”, afirmou o governador, ressaltando a importância do evento para fortalecer o papel da Amazônia na agenda ambiental global.

Pacto com poluidores globais históricos

O governador vê na COP30 uma “grande oportunidade” para o Pará se consolidar como um exemplo de integração entre sustentabilidade e desenvolvimento econômico. Não cita que os gastos com o evento compromete as finanças do Pará.  Em sua visão, a floresta amazônica deve ser vista como um ativo capaz de gerar empregos verdes, como no setor da bioeconomia, que já é uma das apostas do governo. Além disso, Barbalho mencionou o crescente mercado de crédito de carbono como uma estratégia para atrair investimentos internacionais, destacando parcerias com grandes empresas, consideradas poluidoras e usurpadoras globais históricas dos direitos humanos,  como Bayer, Amazon e Walmart, além de países como Reino Unido e Noruega.

“O mercado de carbono pode ser transformador para o nosso Estado. Cada redução no desmatamento se traduz em aumento de crédito que pode ser vendido e revertido para as comunidades locais, como os povos indígenas, quilombolas e extrativistas. A preservação da floresta é uma forma de garantir um futuro próspero para nossa população”, destacou Barbalho.

Além disso, o governador mencionou o desenvolvimento de novas cadeias produtivas, como a verticalização da produção do cacau e do açaí, com o objetivo de agregar valor aos produtos locais e fomentar a economia sustentável.

A integração entre governo federal, estadual e municipal

Barbalho ressaltou a importância da colaboração entre os três níveis de governo — federal, estadual e municipal — para garantir o sucesso das políticas ambientais e de desenvolvimento econômico. Ele destacou o trabalho conjunto na fiscalização ambiental, que inclui o Ibama, ICMBio, Polícia Federal e Forças Armadas para combater as ilegalidades, e a necessidade de dar continuidade a essas políticas após o evento da COP30.

“A união de esforços é fundamental para que possamos avançar. A fiscalização é importante, mas também é necessário oferecer alternativas econômicas sustentáveis para que a população se engaje e possa viver de maneira mais digna, sem destruir a floresta”, explicou o governador.

Investimentos para transformar Belém

O prefeito de Belém, junto com o governo estadual, está conduzindo uma revolução urbana na capital paraense. O governador Helder Barbalho destacou investimentos significativos em mobilidade urbana e infraestrutura. De acordo com ele, Belém está vivendo o maior momento de investimentos públicos da sua história, com a construção de parques ambientais, novos sistemas de transporte público, e outros projetos que buscam melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

Sem dinheiro para custear despesas correntes, Helder faz promessas mirabolantes

“Nos próximos anos, Belém vai ter um sistema de transporte mais moderno, com ônibus novos, wi-fi e ar-condicionado. Além disso, obras como o Parque da Cidade e o Parque Linear da Doca vão transformar a cidade e melhorar a qualidade de vida da população”, afirmou Barbalho, mencionando também o projeto Porto Futuro, que promete impulsionar ainda mais a economia local.

O legado desastroso da COP30 para a Amazônia

Em um contexto de cortes em salários e direitos dos servidores, ao ser questionado sobre os legados que a realização da COP30 pode deixar para a cidade e para o Estado, Barbalho aposta  no papel de Belém como capital da floresta e a importância de posicionar o Pará como um “hub de inovação sustentável”. Ele acredita que a realização do evento não só trará “benefícios” econômicos diretos, mas também “fortalecerá” a imagem internacional da Amazônia como modelo de preservação ambiental.

“Devemos deixar um legado de desenvolvimento sustentável, com parcerias internacionais que continuem a ser cultivadas após a COP30. O mercado de crédito de carbono e a bioeconomia são apenas o começo. Queremos que a Amazônia seja vista como uma solução para os problemas climáticos globais, não como um obstáculo ao desenvolvimento”, concluiu o governador.

O governador Helder Barbalho tenta disfarçar quanto ao futuro do Pará e da Amazônia. Para ele, 2025 será um ano crucial para posicionar o Estado como uma “referência global” em soluções para a “crise climática” e promover uma nova economia pautada na preservação ambiental e na geração de “empregos verdes” – tudo às custas de cortes de diretos dos paraenses e redução dos serviços públicos. A grande ilusão é de que o evento da COP30 em Belém não será apenas um marco para o Pará, mas também um momento de redefinir o papel da Amazônia no cenário global, combinando desenvolvimento e sustentabilidade.

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