México acusa mega varejistas de moda de apropriação cultural

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O México diz que Zara, Anthropologie e Patowl usaram padrões distintos para as comunidades indígenas mexicanas e solicitou que cada marca fornecesse uma ‘explicação pública sobre com que base ela poderia privatizar a propriedade coletiva’.

O México acusou as marcas internacionais de moda Zara, Anthropologie e Patowl de apropriação cultural, dizendo que usaram padrões de grupos indígenas mexicanos em seus designs sem nenhum benefício para as comunidades.

O Ministério da Cultura do México disse em um comunicado na sexta-feira que havia enviado cartas assinadas pela ministra da Cultura do México, Alejandra Frausto, a todas as três empresas globais, pedindo a cada uma uma “explicação pública sobre com que base poderia privatizar a propriedade coletiva”.

O Ministério da Cultura disse que a Zara, de propriedade da Inditex, a maior varejista de roupas do mundo, usou um padrão distinto da comunidade indígena Mixteca de San Juan Colorado, no estado de Oaxaca, no sul do país.

“O projeto em questão não foi de forma alguma emprestado intencionalmente ou influenciado pela arte do povo Mixtec do México”, disse a Inditex em um comunicado enviado à agência de notícias Reuters.

A Anthropologie, da URBN, usou um desenho desenvolvido pela comunidade Indígena Mixe de Santa Maria Tlahuitoltepec, enquanto Patowl copiou um padrão da comunidade Indígena Zapoteco em San Antonino Castillo Velasco, ambos no estado de Oaxaca, segundo o Ministério da Cultura.

URBN e Patowl não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

Até que ponto os designers de moda lucraram com a incorporação de designs culturais sem reconhecer suas origens ou sem compensar as comunidades de forma justa tem sido um ponto de discórdia nos últimos anos.

Em 2019, o governo mexicano acusou a grife Carolina Herrera de apropriação cultural de padrões e tecidos indígenas mexicanos em sua coleção.

A empresa-mãe de Carolina Herrera, Puig, não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.

Em 2019, o diretor criativo de Herrera, Wes Gordon, teria dito que a coleção “presta homenagem à riqueza da cultura mexicana”.

FONTE : REUTERS
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