Satélite vai ter um papel de destaque na preservação do meio ambiente e no monitoramento do desmatamento ilegal
Até janeiro de 2020, a Agência Espacial Europeia estimava a existência de até 30 mil objetos espaciais em órbita lançados por diferentes países. Desse total, cerca de 3400 estão em órbita da Terra. Mas, somente nove são brasileiros — sendo que apenas seis são satélites grandes; os outros são nanossatélites, usados principalmente para fins educacionais. Este ano, porém, o Brasil deu mais um passo em seu programa de exploração espacial: nosso país vai ter o primeiro satélite de observação completamente projetado, integrado, testado e operado por brasileiros.
Tudo começou em 2002, com um projeto para a criação de uma Plataforma Multimissão, mais conhecida pela sigla PMM. Trata-se do módulo de serviço de um satélite, responsável por fornecer energia elétrica e os sistemas de transmissão de dados que dão suporte à missão. Se satélites fossem caminhões, a PMM seria a cabine na qual é possível acoplar diferentes tipos de chassis para diferentes cargas — um furgão, um frigorífico ou uma caçamba aberta. Ou seja, essa espécie de cabine pode ser usada em diferentes missões.
O INPE e a Agência Espacial Brasileira, responsáveis pelo projeto, superaram o desafio de construir um satélite apenas para uma única missão. No dia 28 de fevereiro, o satélite brasileiro Amazônia-1 foi lançado à órbita. As primeiras imagens do satélite foram recebidas no dia 3 de março.