Começa julgamento de acusados de matar jovem grávida em Parauapebas, no Pará

Leia mais

Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Três homens são acusados de assassinar Ana Karina, em 2010. Jovem estava no nono mês de gestação na época do crime. Ainda não há previsão de quando será proferida a sentença.

Começou na manhã desta quinta-feira (10), no Fórum Criminal de Belém, o julgamento dos três réus acusados de envolvimento no assassinato de Ana Karina, de 29 anos, morta em 2010. Segundo a Justiça, ainda não há previsão de quando será proferida a sentença.

O crime ocorreu no município de Parauapebas, no sudeste do Pará. Na época, Ana Karina estava grávida, no nono mês de gestação. O pai da criança é apontado pelo Ministério Público como o mandante do crime. O corpo da jovem e do bebê nunca foram encontrados.

Segundo o MP, os julgados nesta quinta são:

  • Alessandro Camilo (apontado como mandante do crime)

  • Francisco de Assis Dias (apontado como executor)

  • Florentino de Souza Rodrigues (apontado como executor)

Antes do início do julgamento, representante de movimentos sociais, que trabalham na defesa dos direitos humanos, estiveram na frente do fórum. Eles realizaram um pequeno protesto e deixaram cartazes na porta do prédio, pedindo justiça pela vítima.

Na última quarta-feira (9), o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) determinou que o julgamento dos três acusados fosse realizado em Belém.

A decisão do TJPA atendeu um pedido de desaforamento, que é a mudança de comarca. O caso seria julgado, inicialmente, pela Justiça de Parauapebas, cidade onde ocorreu o crime. No entanto, a defesa dos réus alegou que o município não oferecia a proteção suficiente aos acusados.

O pedido de mudança de comarca foi protocolado na Justiça do Pará em 2018. Na ocasião, o julgamento dos acusados estava marcado para ocorrer em Parauapeas, mas foi suspenso devido à entrada do recurso.

Entenda o caso

Alessandro Camilo é apontado pelo Ministério Público como mandante do crime e teve pedido de habeas corpus negado. Ele teria planejado o assassinato com o apoio de sua noiva, Graziela Barros de Almeida, e atraído a vítima para uma emboscada. Alessandro, sob o argumento de que repassaria valores a Ana Karina para as despesas do parto, marcou encontro com a vítima, levando-a para um local ermo, onde já aguardavam Francisco de Assis Dias e Florentino de Souza Rodrigues, os outros dois acusados no processo.

A vítima foi morta a tiros, sendo depois colocada em um tambor que estaria na carroceria da caminhonete de Alessandro, e jogada no rio Itacaiunas. Antes, no entanto, os acusados teriam colocado pedras no tambor e feito perfurações, para que permanecesse no fundo do rio.

VOZ DO PARÁ: Essencial todo dia!

- Publicidade -spot_img

More articles

- Publicidade -spot_img

Últimas notíciais