Operação ‘Mundurukânia 2’ cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão no Pará

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Segunda fase da operação ocorre nas comunidades Munduruku e Sai Cinza, em Jacareacanga, cidade a 2 mil km de Belém. Policiais foram atacados na primeira investida contra o suposto garimpo ilegal na região.

Agentes da Polícia Federal e da Força Nacional realizam nesta quarta-feira (16) a Operação Mundurukânia 2, contra o garimpo ilegal, em terras indígenas na cidade de Jacareacanga, no sul do Pará, a 2 mil km de Belém. A ação é conjunta com a Força Nacional de Segurança Pública e a Força Aérea Brasileira.

Ao todo, 45 policiais federais e 30 integrantes da Força Nacional atuam nas terras indígenas Munduruku e Sai Cinza, localidades que seriam alvo de garimpeiros. Eles cumprem seis mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Itaituba.

O objetivo é ataques contra os agentes de segurança pública que participaram da Operação Mundurukânia 1, bem como dos incêndios provocados nas residências das lideranças indígenas nos dias 25 e 27 de maio.

VÍDEO: Conflito entre agentes federais e garimpeiros deixa feridos no Pará

Os crimes investigados são de associação criminosa, incêndio, atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo e coação no curso do processo, entre outros.

Na terça-feira (15), a Justiça Federal determinou o envio de agentes federais para as duas terras indígenas em resposta ao ataque a um ônibus com indígenas Munduruku.

Conflitos

Os atos hostis ocorreram entre 25 a 27 de maio, logo após a deflagração da Operação Mundurukânia 1, que combateu a prática clandestina de garimpos nas terras indígenas Munduruku e Sai Cinza, no município de Jacareacanga.

Essa prática, além de provocar graves danos ao meio ambiente, devido ao uso de produtos químicos altamente nocivos, o que causou a poluição de rios e lençóis freáticos, também gerou conflitos entre garimpeiros e indígenas.

Incêndio em terra Munduruku em Jacareacanga, no Pará, na primeira etapa da operação da PF, em maio. — Foto: Reprodução
Incêndio em terra Munduruku em Jacareacanga, no Pará, na primeira etapa da operação da PF, em maio. — Foto: Reprodução

Os manifestantes, que seriam de grupos do garimpo, tentaram invadir a base e depredar patrimônio da União, aeronaves e equipamentos policiais, provocando que medidas de contenção fossem tomadas com efetividade para a dispersão dos invasores sem que houvesse feridos.

De acordo com a PF, o cumprimento dessa operação também faz parte de uma série de medidas, determinadas pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, em julho do ano passado, para realizar o enfrentamento e monitoramento da Covid, a fim de evitar o contágio e a mortalidade entre a população indígena.

Ainda segundo a PF essa prática, além de provocar graves danos ao meio ambiente devido ao uso de produtos químicos altamente nocivos, ainda causa a poluição de rios e lençóis freáticos, além de gerar uma série de outros problemas sociais na região, como conflitos entre garimpeiros e indígenas.

Fonte: G1 – Pará

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