A vida secreta do presidente: Jair Bolsonaro era o líder de esquema de peculato quando era deputado, revelam gravações

Leia mais

Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Então deputado federal, Jair Bolsonaro comandava esquema de ‘rachadinha’, recolhendo parte do salário dos seus assessores

Gravações inéditas provam que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) era o líder de um esquema de “rachadinha”, quando era deputado federal, entre 1991 e 2018. A prática configura crime de  peculato, quando dinheiro público é desviado em benefício próprio.

O conteúdo foi divulgado pelo portal UOL  nesta segunda-feira (5) com base em material fornecido por Andrea Siqueira Vale, ex-cunhada de Bolsonaro. Ela narra que o irmão foi demitido porque se recusou a devolver o dinheiro.

Andrea e André são irmãos de Ana Cristina Vale, segunda mulher do presidente, e estavam entre os 18 parentes nomeados nos três gabinetes da família Bolsonaro, incluindo os filhos Carlos e Flávio.

Na mesma série de reportagens, feita pela jornalista Juliana Dal Piva, o UOL revela que, dentro da família Queiroz, Jair Bolsonaro era conhecido como 01. O apelido é citado em uma conversa entre a mulher e a filha de Fabrício Queiroz, Márcia Aguiar e Nathália Queiroz.? Na gravação, Márcia diz que o presidente “não vai deixar” o ex-assessor atuar como antes.


 “O André deu muito problema porque ele nunca devolveu o dinheiro certo que tinha que ser devolvido, entendeu? Tinha que devolver R$ 6 mil, ele devolvia R$ 2 mil, R$ 3mil. Foi um tempão assim até que o Jair pegou e falou: ‘Chega. Pode tirar ele porque ele nunca me devolve o dinheiro certo’.

Ainda de acordo com o UOL, a prática de recolher os salários não era uma tarefa exclusiva de Fabrício Queiroz e envolveria até mesmo um coronel da reserva do Exército.

Procurado pelo Uol, o advogado Frederick Wassef, que representa o presidente, negou qualquer ilegalidade e disse que existe uma antecipação da campanha de 2022. Segundo ele, as conversas são “narrativas de fatos inverídicos e inexistentes”, e “jamais existiu qualquer esquema de rachadinha no gabinete do então deputado ou de qualquer um de seus filhos”.  Frederick Wassef ficou conhecido no Brasil após “abrigar” Fabrício Queiroz em um imóvel de Atibaia, no interior de São Paulo.

A notícia causo reação em políticos da oposição. O líder da Minoria na Câmara, Marcelo Freixo (PSB-RJ), considera a notícia uma “bomba”. “Jair faz agora na Presidência da República o que sempre fez como deputado”, escreveu o deputado em rede social, numa referência às recentes denúncias contra o presidente na compra da vacina Covaxin. “Os áudios são uma bomba porque mostram que Bolsonaro era o chefe, o 01, do esquema montado p/roubar dinheiro público através de funcionários fantasmas nos gabinetes da família”, afirmou. Conforme lamentou Freixo no Twitter, “é um governo de ladrões”. (portal UOL)

VOZ DO PARÁ: Essencial todo dia!

- Publicidade -spot_img

More articles

- Publicidade -spot_img

Últimas notíciais