Dólar subiu para R$ 5,25 após quatro recuos seguidos
As agitações promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro contra o STF, TSE e Congresso Nacional, tem afastado do Brasil os investidores internacionais.
Num dia de tensões no mercado externo, a bolsa de valores caiu após dois dias seguidos de alta e teve a maior queda diária do mês. O dólar subiu após quatro recuos seguidos, num movimento de alta generalizada em todo o planeta.
O índice Ibovespa, da B3, a bolsa de valores brasileira, fechou esta quinta-feira (26) aos 118.724 pontos, com recuo de 1,73%. Com o desempenho de hoje, o indicador passa a acumular perda de 3,08% em agosto.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,257, com alta de R$ 0,046 (+0,87%). Na máxima do dia, por volta das 16h, a cotação chegou a R$ 5,27. A divisa acumula alta de 0,9% em agosto e de 1,31% em 2021.
Após vários dias de trégua, o mercado internacional teve um dia tenso em meio às expectativas em relação ao pronunciamento do presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), Jerome Powell. As bolsas norte-americanas fecharam em baixa após vários recordes seguidos nas últimas sessões.
Amanhã (27), Powell discursará num simpósio do Fed e dará sinais se o órgão pretende antecipar a retirada dos estímulos monetários – juros no menor nível da história e compra de títulos – concedidos durante a pandemia de covid-19. Juros mais baixos em economias avançadas beneficiam países emergentes como o Brasil, porque atraem capitais estrangeiros para economias com juros mais altos.
Paralelamente, o recuo no preço de algumas commodities (bens primários com cotação internacional) influenciou o mercado em países exportadores de bens agrícolas e minerais. O aumento nos casos de covid-19 decorrentes da variante delta do novo coronavírus e a regularização do fornecimento no México fizeram os preços internacionais do petróleo do tipo Brent cair 1,6%.
*com informações da Reuters