Política de reajuste baseada no mercado internacional impacta no bolso dos brasileiros
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) registra aumento no preço médio da gasolina pela sétima semana nos postos do Brasil. O valor médio da gasolina nesta semana subiu para R$ 6,076 por litro, ante R$ 6,059 por litro na semana anterior, incremento de 0,28%.
O levantamento da ANP pesquisou 4.390 postos do país e encontrou o litro entre R$ 5,19 (valor mínimo) e R$ 7,199 (máximo). A gasolina já subiu 35,5% somente em 2021, de acordo com a ANP.
E não foi só o valor da gasolina que subiu. A pesquisa da ANP identificou que o preço médio do litro do diesel aumentou de R$ 4,695 para R$ 4,709 nesta semana. Já o preço do litro do etanol subiu de R$ 4,653 para R$ 4,704 na semana.
Cotação no dólar
A disparada nos preços dos combustíveis se tornou motivo de briga entre governadores e o presidente Bolsonaro, que responsabiliza o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ( ICMS) pelos seguidos reajustes. De fato, o imposto estadual pode chegar a 30% do valor da gasolina em alguns estados, mas ele não é o culpado pelos aumentos seguidos dos preços. Tanto que as alíquotas estaduais não subiram, mas o valor pago pelos motoristas disparou.
Desde o governo Michel Temer, a política de preços da Petrobras segue o valor do petróleo no mercado internacional e a variação cambial. Assim, uma cotação mais elevada da commodity e/ou uma desvalorização do real refletem em alta de preços no Brasil.
A formação do preço dos combustíveis é composta pelo preço exercido pela Petrobras nas refinarias, mais tributos federais (PIS/Pasep, Cofins e Cide) e estadual (ICMS), além do custo de distribuição e revenda. Além disso, há o custo do etanol anidro na gasolina, e o diesel tem a incidência do biodiesel.
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