Brasil não pode tolerar gasolina a quase R$ 7 e o gás a R$ 120, diz Lira após novo reajuste

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.

Disparada no preço dos combustíveis irrita presidente da Câmara, aliado do governo

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi mais uma vez às redes sociais para criticar a Petrobras e reclamar do alto preço dos combustíveis. Nesta terça-feira (28), no Twitter, ele anunciou que na quarta-feira (29) vai reunir os líderes da Casa para discutir o assunto. Segundo Lira, o Brasil não pode tolerar gasolina a quase R$ 7 e o gás a R$ 120. 

Há duas semanas, Lira já havia criticado a companhia ao anunciar um comissão geral na Câmara com a empresa para debater o preço dos combustíveis.

“Amanhã (quarta-feira), vamos colocar alternativas em discussão no Colégio de Líderes. O fato é que o Brasil não pode tolerar gasolina a quase R$ 7 e o gás a R$ 120”, escreveu o parlamentar nesta terça (28), dia que a estatal anunciou aumento no preço do diesel.

O anúncio de Lira vem um dia depois que a Petrobras teve de convocar a imprensa para explicar que sua política de preços continua a mesma, acompanhando a paridade internacional e o câmbio, e no mesmo dia em que ele irá com o presidente Jair Bolsonaro a um evento de entrega de moradias no interior de Alagoas, reduto eleitoral do deputado. O alto preço dos combustíveis é um dos temas que tem tirado o sossego de Bolsonaro pelo impacto na inflação e no humor de seus eleitores.

Nessa segunda-feira (27), o presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, afirmou que não haverá mudança na política de preços da Petrobras – mais cedo, Bolsonaro havia dito ter conversado com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, “sobre a nossa Petrobras” e sobre que fazer “para melhorar ou diminuir o preço na ponta da linha”.

Na entrevista coletiva, Silva e Luna disse que seus preços da companhia estão defasados em comparação com o mercado internacional. O diretor de Comercialização e Logística da empresa, Claudio Mastella, declarou que a empresa “está olhando com carinho a possibilidade de reajuste de preço dos combustíveis”.

Nesta terça (28), a estatal reajustou o valor do diesel em suas refinarias em R$ 0,25 por litro. O valor passará de R$ 2,81 para R$ 3,06, uma alta de 8,9%. Essa é a primeira revisão no preço do combustível em 85 dias.

A fala de Mastella foi destacada no post de Lira, que ironizou: “O diretor da Petrobras Cláudio Mastella diz que estuda com ‘carinho’ um aumento de preços diante desse cenário. Tenho certeza que ele é bem pago para buscar outras soluções que não o simples repasse frequente.”

Lira ainda pontuou que o dólar persiste num patamar alto e, junto com a valorização do barril de petróleo, pressiona o preço dos combustíveis, que “é insustentável”.

O presidente da Câmara também fez questão de dizer que a Casa “está fazendo seu dever de casa para o país retomar a economia respeitando os limites fiscais e sendo responsável em todas as suas sinalizações para o mercado”.

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