“A quarta onda se desenvolve exatamente da forma que temíamos, porque nem todos se vacinaram”, disse Wieler, presidente do Instituto Robert Koch
O ministro da saúde alemão, Jens Spahn, advertiu que o seu país passa por uma pandemia “massiva” de não vacinados contra a covid-19.
“A pandemia está longe de terminar”, disse Spahn, membro da União Democrata Cristã (CDU). “Estamos atualmente a sofrer uma pandemia de não vacinados, que é massiva. Haveria menos doentes com covid-19 nas unidades de cuidados intensivos, se mais pessoas se deixassem vacinar”.
Várias clínicas alemãs ao longo da última semana alertam sobre o número crescente de pacientes doentes de Covid-19 nas enfermarias. Esta semana, as autoridades reportaram 2.220 pacientes internados em UTI’s, o número mais elevado desde o início de Junho.
Nos últimos sete dias, 666 pessoas morreram de covid-19 na Alemanha, um aumento enorme em relação mesma semana há um ano, antes do início da campanha de vacinação e da chegada da variante delta. Por enquanto, o número de mortes está a aumentar menos acentuadamente do que durante as três anteriores ondas de coronavírus no país.
O chefe da agência de controle de doenças da Alemanha, Lothar Wieler, descreveu o recente pico nas taxas de infecção como assustador. “A quarta onda chegou exatamente da forma que temíamos, porque nem todos se vacinaram”, disse Wieler, presidente do Instituto Robert Koch.
A percentagem da população alemã totalmente vacinada contra a Covid-19 tem sido efetivamente baixa no último mês e as sondagens sugerem que aqueles que recusaram a vacina até agora não estão demonstram mudar de opinião.