NFTs: entenda o que são e por que elas se tornaram populares no mercado

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A  NBA faturou US$ 230 milhões com o que chamam de Top Shot, um ativo digital que representa trechos relevantes dos jogos, os ditos highlights.

Sophia Annicchino

Já ouviu falar em NFTs? Imagine poder vender desde uma obra de arte de um pintor renomado a um tênis que o Michael Jordan usou em um jogo decisivo, tudo isto usando apenas um ‘certificado’? Se você conseguiu tangibilizar esta ideia, já entendeu parte do conceito dos tokens não-fungíveis ou, na sua correspondente em inglês conhecida pelo mercado, NFTs (non-fungible tokens).

O que são NFTs?

Conforme mencionado, NFTs são uma espécie de ‘certificados’, mais precisamente denominados como ativos digitais, que representam objetos de valor percebido elevado, tais como, obras de arte, itens colecionáveis e até músicas e GIFs.
A ideia da não fungibilidade expressa no nome NFT pode parecer complicada, mas, em síntese, o termo NFT significa único, não substituível por outro da mesma espécie.

O que exatamente é um token não-fungível?

Esse conceito fica ainda mais simples quando trazemos para o mundo real, explico. Se trocarmos uma nota de R$ 50,00 reais por outra nota de R$ 50,00 reais não temos nenhuma perda de valor, certo? Afinal, não interessa qual é a nota de R$ 50 reais, e sim o que dela se deriva, o poder de comprar algo pelo valor que ela representa.

Agora, se eu trocar o quadro do Picasso Guernica, por um outro quadro de um pintor menos conhecido, definitivamente haveria uma perda de valor, uma vez que o quadro Guernica do artista espanhol é único, insubstituível e, de fato, existe apenas um dele no planeta, ou seja, um bem não-fungível.

Dado que os tokens são certificados que conferem direito de propriedade sobre algo, como assegurar que estes certificados não são replicáveis ou passíveis de serem copiados? Blockchain.

A tecnologia que viabiliza a existência das criptomoedas também é utilizada para fornecer segurança e credibilidade às transações com NFTs.

O Papel da tecnologia Blockchain nas NFTs

Por ser essencialmente um registro em uma forma de livro-razão que pode ser acessada, mas inalterável, a tecnologia Blockchain consegue garantir a veracidade das transações com NFTs.

Imagine uma espécie de ‘cartório’ digitalizado, onde todas as informações ficam armazenadas e disponíveis aos participantes, e que estes não as conseguem corromper – esta é a essência do Blockchain.

Portanto, aquele que adquire uma NFT consegue facilmente comprovar a sua titularidade, a sua legitimidade, em termos de ser o original, e por fim, não há a possibilidade de manipulações.

Já entendemos que as NFTs são viáveis em termos de fazerem parte de um sistema de transações seguro e inviolável graças à tecnologia Blockchain, mas por que ‘tokenizar’ a propriedade de objetos se tornou tão popular? Praticidade e desintermediação são as palavras-chave que justificam esta popularidade.

Suponhamos que você seja um artista, com as NFTs você não precisa mais de galerias ou casas de leilão para que você possa vender suas obras.

Com a tokenização você não apenas vende a peça diretamente para o consumidor, como também pode programar a cobrança de royalties em que, a cada vez que a peça for revendida para um novo dono, o artista lucra um percentual sobre esta venda.
O mercado de US$ 2,5 bilhões
Engana-se quem pensa que somente os artistas podem monetizar com as NFTs, em março deste ano higlights de jogos da NBA movimentaram cerca de US$ 500 milhões. A própria NBA faturou US$ 230 milhões com o que chamam de Top Shot, um ativo digital que representa trechos relevantes dos jogos, os ditos highlights.

Fato é que este mercado das NFTs tem alcançado patamares que não podem ser ignorados, nos primeiros seis meses de 2021 estima-se que o volume de vendas dos tokens não-fungíveis alcançou o marco de US$ 2,5 bilhões.

Se as NFTs vieram para ficar ou não, isto é uma resposta para o tempo. Agora, é inegável que estes ativos digitais despertaram pontos intrínsecos à natureza humana; o exercício da propriedade, e mais ainda, o exercício da propriedade sobre algo único.

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