“É uma loucura. Será que esse idiota (Scholz) realmente acha que pode nos derrotar?”
Um deputado russo adverte a Europa que “será reduzida a cinzas” em uma guerra nuclear com a Rússia, ele alerta que os Estados Unidos abandonarão seus aliados em tal conflito.
Alexei Zhuravlev, líder do partido nacionalista Ródina (Pátria), fez a declaração durante entrevista ao programa ’60 Minutos’ do canal Rossiya 1. O parlamentar reagia às declarações do chanceler alemão Olaf Scholz, que havia dito no Fórum Econômico Mundial em Davos (Suíça) que o presidente russo Vladimir Putin “não deve vencer esta guerra” na Ucrânia e que estava “convencido de que não a vencerá”.
“É uma loucura. Será que esse idiota [Scholz] realmente acha que pode nos derrotar. Será que ele pensa que, nós, uma nação nuclear, amanhã diremos: ‘desculpe, cometemos um erro, vamos sair da Crimeia e de todos os outros lugares’?, Isso não vai acontecer”, disse o deputado da Duma russa (Câmara Baixa) referindo-se ao chanceler alemão.
Zhuravlev acrescentou que “no final, eles serão reduzidos a cinzas. Os americanos dirão ‘tudo pode acontecer’”, sugerindo que Washington não viria em socorro da Europa se Moscou usasse armas nucleares.
Além disso, ele contestou à opinião de Scholz de que o Ocidente não pode aceitar os termos que Moscou estabeleceu nas negociações de paz com a Ucrânia.
“Se concordarem com nossos termos, nós os forçaremos. Scholz deve saber. Se você nos forçar a usar armas nucleares, não teremos outra escolha” , ameaçou o deputado russo.
O conflito na Ucrânia que começou em 24 de fevereiro foi discutido no Fórum Econômico Mundial em Davos. A União Europeia (UE) garantiu que vai enviar, pela primeira vez na sua história, armas para a Ucrânia (um país em guerra), apenas para testemunhar um “fracasso estratégico” de Putin, segundo o presidente da Comissão Europeia ( EC), Úrsula von der Leyen, em seu discurso no fórum de Davos.
Moscou advertiu repetidamente que o Ocidente está colocando sua própria segurança em risco ao entregar suprimentos maciços de armas à Ucrânia e enfatizou que tal abordagem apenas aumenta o conflito e terá repercussões trágicas.