Acordo é assinado para fornecer pílula anticovid da MSD a 105 países de baixa e média renda

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Várias dezenas de fabricantes de medicamentos genéricos assinaram este acordo

Um amplo acordo foi assinado nesta quinta-feira (20) com a Medicines Patent Pool (MPP) para fornecer a 105 países de baixa e média renda acesso à pílula anticovid do grupo farmacêutico MSD, de acordo com um comunicado da organização que é apoiada pela ONU.

Várias dezenas de fabricantes de medicamentos genéricos assinaram este acordo.

“Este é um passo crucial para o acesso universal aos tratamentos antiovid-19 extremamente necessários e estamos confiantes (…) que esses tratamentos tão esperados estarão rapidamente disponíveis em países de baixa e média renda”, disse Charles Gore, diretor executivo da MPP, citado em comunicado de imprensa.

O contrato firmado com 27 empresas ao redor do mundo segue o acordo de licença voluntária firmado com a MSD em outubro de 2021 para facilitar o acesso global a um preço acessível ao molnupiravir, o antiviral oral experimental contra a covid-19, desenvolvido pelo grupo farmacêutico americano, especifica a MPP em seu comunicado.

O acordo dá às empresas signatárias, que atendem aos rigorosos critérios da MPP, a licença para fabricar os insumos a granel ou o próprio medicamento.

Cinco empresas vão focar na fabricação dos insumos, 13 vão fabricar insumos e produto acabado e 9 somente a pílula.

Essas empresas estão sediadas em 11 países (Bangladesh, China, Egito, Jordânia, Índia, Indonésia, Quênia, Paquistão, África do Sul, Coreia do Sul e Vietnã).

Em meados de novembro, a gigante farmacêutica Pfizer anunciou um acordo semelhante com a MPP permitindo aos fabricantes de medicamentos genéricos licenciados fornecer o novo medicamento em combinação com o ritonavir (um medicamento usado contra o vírus da aids) a 95 países, cobrindo cerca de 53% da população mundial.

O anúncio da MSD e da Pfizer desses tratamentos orais para a covid-19 traz muita esperança para a luta contra a pandemia – que já matou mais de 5,5 milhões de pessoas de acordo com números oficiais.

Esses dois antivirais atuam diminuindo a capacidade do vírus de se replicar, reduzindo assim a doença. Fáceis de administrar porque podem ser tomados em casa, estes tratamentos são um complemento às vacinas, que são atualmente a forma mais eficaz de combater a covid.

O molnupiravir e o tratamento da Pfizer, comercializado como Paxlovid, deve ser administrado dentro de 3 a 5 dias após o início dos sintomas.

Esses tratamentos são mais fáceis de fabricar do que as vacinas. Não necessitam de cadeia de frio e podem ser tomados pelo paciente em casa.

De acordo com os dados clínicos mais recentes, a pílula da MSD reduz o risco de hospitalização e morte em 30% entre a população frágil. Muito menos do que o laboratório havia anunciado inicialmente.

O tratamento da Pfizer, por sua vez, reduz esse mesmo risco em 90%, de acordo com ensaios clínicos.

Voz do Pará com informações da AFP

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