Saídas crescentes podem levar à desindustrialização do motor econômico da zona do euro, segundo estudo
As empresas estrangeiras retiveram os investimentos na Alemanha no ano passado, enquanto bilhões saíram do país, informou o Instituto Econômico Alemão (IW) na quarta-feira.
De acordo com os cálculos do IW, cerca de € 125 bilhões (R$ 641 bilhões) a mais de investimento direto saiu da maior economia da UE em 2022 do que foi investido no país do exterior, representando “as maiores saídas líquidas já registradas na Alemanha”.
Quase 70% do dinheiro das empresas alemãs fluiu para outros estados europeus, mostra o relatório.
“Os números são alarmantes: no pior dos casos, é o início da desindustrialização”, alertou o instituto.
O IW disse que a tendência negativa começou antes da pandemia de Covid-19, com a situação piorando como resultado da crise energética da UE.
De acordo com o relatório, a escassez de trabalhadores qualificados impôs um enorme fardo às empresas alemãs. Além disso, programas de investimento como a Lei de Redução da Inflação nos Estados Unidos “tornaram os investimentos fora da Alemanha mais atraentes”.
“As condições de investimento na Alemanha se deterioraram recentemente mais uma vez devido aos altos preços da energia e à crescente escassez de trabalhadores qualificados”, disse o economista da IW Christian Rusche, apontando para altos impostos corporativos, burocracia desenfreada e infraestrutura precária. “Para que a Alemanha volte a ser o principal destino de investimento estrangeiro no futuro, o governo alemão precisa urgentemente tomar contramedidas.”
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