A Venezuela está suspensa do Mercosul desde 2017. O bloco econômico é formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai
A Argentina defende a plena reincorporação da Venezuela ao Mercado Comum do Sul (Mercosul), o que pode marcar um novo momento nas relações entre os dois países.
“A Venezuela deve se reintegrar plenamente no Mercosul e os representantes da Assembleia (Nacional) devem se juntar ao Parlasul [o Parlamento da América do Sul]”, afirmou nesta terça-feira o novo embaixador argentino na Venezuela, Oscar Laborde, na sessão ordinária do parlamento nacional venezuelano.
Assembleia também marcou os 200 anos da ação revolucionária do libertador Simón Bolívar e do general de exércitos, José de San Martín em Guayaquil, Equador.
O diplomata destacou que este é o momento da integração regional, e “neste mundo multipolar, a América tem que ser um núcleo de autonomia, para enfrentar os poderosos”. Ele destacou ainda que as elites nos últimos anos destituíram presidentes e deram golpes, mas a resposta deve ser a unidade dos povos conjunta e simultaneamente.
A Venezuela está suspensa do Mercosul desde 2017. O bloco econômico formado atualmente por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. O país bolivarinao foi acusado de uma suposta “ruptura da ordem democrática”, o que levou à sua exclusão. Na ocasião, o bloco latino-americano exigiu que a Venezuela a incorporasse “cerca de 300 regras à sua legislação” para cumprir integralmente suas obrigações como membro pleno. Mas as autoridades do país bolivariano rejeitaram a pressão em várias ocasiões e afirmou que ninguém conseguiria excluir a Venezuela do Mercosul.
A Venezuela denunciou que o processo de suspensão está repleto de “arbitrariedade e lesões” aos seus direitos e qualificou de “injusta” o “a atitude imprudente” do bloco “como uma política de assédio” ao povo e governo venezuelanos.