O presidente Alberto Fernández destacou sua visão multilateral do mundo e pediu a superação da lógica da Guerra Fria
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, enviou uma carta ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, na qual solicita a adesão formal de seu país ao grupo BRICS.
O embaixador argentino na China, Sabino Vaca Narvaja, anunciou nesta quarta-feira, que na semana passada, Fernández enviou uma carta ao seu homólogo chinês, que ocupa a presidência ‘pro tempore’ do BRICS, para solicitar formalmente a inclusão da Argentina no bloco de países emergentes que compõem o bloco, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
“Para nós, o grupo é uma excelente alternativa de cooperação diante de uma ordem mundial que tem se mostrado criada para benefício de poucos”, expressou o representante argentino no fórum do BRICS que aconteceu na cidade chinesa de Xiamen.
Nesse sentido, Vaca Narvaja está convicto da “oportunidade histórica” que ser membro do bloco significa o desenvolvimento de uma verdadeira estratégia conjunta entre os países parceiros para enfrentar o complexo cenário global.
Argentina se aproxima de Rússia e China
Em meio às crescentes tensões entre Estados Unidos, Rússia e China, a Argentina opta por fortalecer seus laços com Moscou e Pequim. O governo do peronista Alberto Fernández busca com essas abordagens reduzir a dependência do país sul-americano em relação a Washington e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Além disso, o governo Fernández destacou sua visão multilateral do mundo e pediu a superação da lógica da Guerra Fria.
Em fevereiro, o presidente argentino completou uma viagem que também o levou à China e à Rússia, onde defendeu a aproximação política e econômica com esses países. Ele também assinou a adesão da Argentina à Rota da Seda, o plano de investimentos e infraestrutura promovido pelo presidente chinês.