As incertezas sobre ‘Salvator Mundi’, o quadro mais caro do mundo

Leia mais

Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.

Obra foi comprada por US$ 450 milhões por príncipe saudita, mas não se sabe com certeza se ela foi pintada pelo mestre Leonardo da Vinci ou por alguém de sua oficina

O “quadro mais caro do mundo”, o Salvator Mundi, comprado por US$ 450 milhões pelo príncipe saudita Mohamed bin Salmán (MBS), provavelmente foi pintado na oficina de Leonardo da Vinci, mas não pelo mestre, de acordo com um documentário.

Antoine Vitkine, o diretor do documentário, que será transmitido pela rede francesa France 5 em 13 de abril, investigou a obra, comprada em mau estado por US$ 1.175 milhões por um marchand de Nova York em 2005 e restaurada nos Estados Unidos.

Mais tarde foi autenticada como um verdadeiro Leonardo da Vinci por vários especialistas britânicos e vendida a um oligarca russo, que decidiu revendê-la. No final, foi colocado à venda em novembro de 2017, em leilão, cujo catálogo informava que o quadro foi pintado por Leonardo da Vinci.

Embora o governo saudita nunca tenha confirmado que o príncipe é o dono do “último Da Vinci”, relatos concordantes sugerem que foi ele quem o comprou por meio de vários intermediários.

Enquanto especialistas expressaram dúvidas sobre se a obra foi ou não realmente criada pelos assistentes de Leonardo Da Vinci, em abril de 2018 “MBS” foi recebido pelo presidente francês Emmanuel Macron. Segundo fonte interna da administração, citada no documentário, Salvador Mundi estava na pauta do encontro.

Os sauditas pediram à França que um especialista examinasse a pintura, já que o Louvre abriga o C2RMF, laboratório de análise de obras de arte. A pintura teria permanecido ali por três meses. O estudo do perito mostra, segundo a fonte, que “Leonardo só contribuiu para a pintura”. O Louvre informou os sauditas.

Mohamed bin Samán queria emprestar a obra ao Louvre para a grande exposição dedicada a Leonardo da Vinci no final de 2019. “Seu pedido era muito claro: expor o Salvator Mundi ao lado da Mona Lisa e apresentá-lo como um 100% Da Vinci. Nestas condições equivaleria a deixar fora de qualquer suspeita uma obra de US$ 450 milhões”, explicou a mesma fonte aos seus superiores.

“No final de setembro, Macron trava: decide não aprovar petição MBS”. No último minuto, Mohamed bin Salmán recusou-se a emprestar o quadro em condições diferentes das que havia proposto. “Antoine Vitkine contatou o Louvre, mas não queremos responder às suas perguntas, já que a pintura não foi emprestada durante a retrospectiva Leonardo da Vinci”, disse o museu à reportagem na quarta-feira (7).

AFP

VOZ DO PARÁ: Essencial todo dia!

- Publicidade -spot_img

More articles

- Publicidade -spot_img

Últimas notíciais