As mulheres decidirão as eleições?

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Maioria do eleitorado, elas são mais impactadas pela tragédia alimentar e podem exigir política mais próxima do cotidiano. Indecisão é maior, porém menos inclinada ao bolsonarismo. Em outubro, serão decisivas no resgate da democracia

A disputa vital que se impõe à sociedade brasileira neste ano eleitoral é autoritária e desproporcional. Não apenas pelo contexto de veloz aumento das desigualdades econômicas e sociais nos últimos anos, ou pelo agravamento da fome, que faz o Brasil superar pela primeira vez a média mundial (35%) já escandalosa por si. Ou pela matança da população negra, a militarização do Estado ou o amplo desequilíbrio de gênero e raça no acesso tanto a serviços básicos quanto ao poder institucional, o que, de certa forma, explica todos os indicadores de injustiça social.

É abusiva por se dar num terreno rebaixado pelo governo federal a um plano antidemocrático por princípio, onde não há humanidade, ética ou qualquer fio de compromisso com a coisa pública, ou com a verdade. Verificação da agência de notícias Aos Fatos contabiliza 5.457 declarações falsas ou distorcidas do presidente Jair Bolsonaro desde que assumiu o executivo até o dia 27 de maio, uma estratégica confusão informativa que ambienta discursos de fraude eleitoral sincronizados a crescentes ameaças às instituições, especialmente as instâncias de equilíbrio entre poderes, como o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal.

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