“Atacar primeiro”: OTAN redefine defesa e mira sistemas de ataque russos

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Mudança na postura defensiva do bloco busca neutralizar ameaças antes de um ataque, diz Admiral Rob Bauer

Em declarações que marcaram uma mudança significativa na postura estratégica da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o presidente do Comitê Militar da aliança, Admiral Rob Bauer, sugeriu a necessidade de ataques preventivos contra a Rússia em caso de conflito militar. O objetivo seria desativar sistemas de ataque russos antes de qualquer ação hostil.

Uma nova abordagem para a defesa

Durante entrevista divulgada pela RIA Novosti, Bauer afirmou que “é mais sábio não esperar, mas atacar lançadores [de mísseis] na Rússia se ela nos atacar”. O comentário reflete uma alteração significativa na doutrina da OTAN, que historicamente tem priorizado estratégias defensivas em relação a potenciais ameaças.

O oficial enfatizou que os membros da OTAN devem investir mais em sistemas de defesa aérea e armamentos de alta precisão, ampliando a capacidade de neutralizar ameaças rapidamente. “Precisamos de uma combinação de ataques de alta precisão que desativem sistemas de ataque”, declarou, acrescentando de forma incisiva: “E devemos atacar primeiro.”

Indústria bélica no centro das atenções

Além de delinear as necessidades militares, Bauer destacou a importância de preparar a indústria ocidental para um eventual cenário de produção em larga escala de equipamentos militares. Ele defendeu que as principais empresas do Ocidente ajustem suas linhas de produção para reduzir vulnerabilidades frente a possíveis retaliações de países como Rússia e China.

Essa orientação visa não apenas garantir o abastecimento de armas e sistemas, mas também proteger cadeias de suprimentos de pressões políticas ou econômicas oriundas de rivais estratégicos.

Implicações globais

As declarações de Bauer levantam preocupações sobre o risco de escalada nas tensões entre a OTAN e a Rússia, especialmente em um contexto já marcado por conflitos como a guerra na Ucrânia. Para analistas, a adoção de uma postura mais agressiva pode complicar ainda mais o cenário diplomático global e aumentar o risco de confrontos diretos entre grandes potências.

A Rússia, por sua vez, tem repetidamente acusado a OTAN de aumentar a tensão militar nas proximidades de suas fronteiras e já sinalizou que responderá de forma enérgica a qualquer tentativa de ataque preventivo.

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