Auxílio emergencial será renovado por dois ou três meses, segundo Paulo Guedes

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Ministro da Economia não detalhou o valor das novas parcelas, que hoje variam de R$ 150 a R$ 375. Atual etapa do auxílio emergencial está prevista para ser paga até julho.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta terça-feira (8) que o governo vai estender o pagamento do auxílio emergencial por mais dois ou três meses, até que, segundo ele, toda população adulta esteja vacinada no país.

Com isso, o pagamento, que estava previsto para terminar em julho, pode ser ampliado até outubro.

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“Possivelmente nós vamos estender agora o auxilio emergencial por mais dois ou três meses, porque a pandemia está aí”, disse Guedes, em evento do setor de serviços.

“Os governadores estão dizendo que, em dois ou três meses, a população brasileira adulta vai estar toda vacinada. Então, nós vamos renovar por dois ou três meses o auxílio, e logo depois entra, então, o novo Bolsa Família, já reforçado”, completou o ministro.

O ministro não detalhou os valores, mas, atualmente, o auxílio pago está entre R$ 150 e R$ 375. Ele também não forneceu mais informações sobre o processo de reformulação do programa Bolsa Família, em estudo pela área econômica e pelo Ministério da Cidadania.

PIB brasileiro

Segundo Guedes, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer entre 4% e 5% neste ano, em linha com as estimativas do mercado financeiro. Na semana passada, economistas dos bancos projetaram uma expansão da economia de 4,36% em 2021.

Bônus de Inclusão Produtiva

Paulo Guedes também disse que a área econômica está finalizando o desenho do Bônus de Inclusão Produtiva (BIP), a ser pago pelo governo, e do Bônus de Incentivo à Qualificação (BIQ), que será de responsabilidade das empresas.

Tanto o governo quanto os empresários, disse ele, devem pagar R$ 275 aos jovens que serão treinados – totalizando uma bolsa de R$ 550.

Segundo o ministro, a ideia é criar empregos novos para jovens entre 18 e 20 anos que queiram fazer treinamento.

“Mais R$ 275 do governo e R$ 275 da empresa, o jovem consegue um programa de um ano, ou até um ano e meio, de qualificação. Achamos que vai ter um aumento rápido do emprego, uma redução do desemprego, tirando o jovem das ruas e colocando na qualificação profissional. São os ‘nem nem’, que tem nem universidade e nem emprego. Queremos que sejam incluídos no sistema produtivo”, declarou.

Reforma tributária

O ministro da Economia também afirmou que a reforma tributária não trará, neste momento, “grandes novidades”. Segundo ele, a proposta do governo, que até o momento encaminhou somente o projeto para a tributação do consumo, será “moderada”.

“Gostaria de fazer ela um pouco mais ampla, inclusive com desoneração de folha. Não é o momento ainda, mas não vamos desistir. Vamos fazer em fatias, o que é possível agora, simplificação, redução de alíquotas e vamos avançar”, disse.

Ele afirmou, ainda, que o governo não quer elevar imposto para o setor de serviços, que poderia sair prejudicado com alta na tributação com um imposto sobre valor agregado, sobre consumo, com uma alíquota única.

Guedes disse que a proposta da área econômica pode contemplar uma alíquota para o setor de serviços e comércio, e outra, mais alta, para a indústria.

“A ideia inicial era todo mundo ter a mesma alíquota. Ainda estamos considerando duas alíquotas: uma para o comércio e serviços, mais baixa, e outra para a indústria mais alta. Talvez seja a melhor simplificação que a gente consiga fazer, e sinaliza para o futuro a unificação, quando a gente conseguir fazer a desoneração da folha lá na frente”, disse.

Acrescentou que, enquanto não for possível fazer a unificação da alíquota [para todos os setores da economia], é preciso “tratar diferentemente esse setor [de serviços] pela grande capacidade de geração de emprego que ele tem”.

Com informações do G1

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