Aziz levanta sigilo telefônico do celular de Luiz Paulo Dominghetti

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Policial militar apresentou à comissão áudio em que o deputado Luís Miranda supostamente intermedeia compra de vacinas. Ele também disse ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose em negociação de imunizantes do laboratório AstraZenca com o governo

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 levantou, nesta terça-feira (6/7), o sigilo de mensagens de texto e áudio do celular do cabo da Polícia Militar de Minas Gerais (PM-GO) Luiz Paulo Dominghetti. Ele prestou depoimento na comissão na semana passada, quando confirmou ter recebido um pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina contra covid-19 em uma negociação envolvendo 400 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca.

O pedido de levantamento de sigilo foi feito pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE). Dominghetti atuava pela empresa Davati Medica Supply como vendedor autônomo de vacinas. Ele disse à CPI que estava trabalhando com a venda de insumos desde janeiro ou fevereiro do ano passado para complementar a renda. Dominghetti recebe como policial um salário bruto de R$ 7,5 mil, e receberia, segundo o que foi informado por ele, ao menos US$ 0,30 por dose negociada, o que daria a ele ao menos R$ 60 milhões.

O telefone do depoente foi recolhido pela comissão durante o depoimento, sem qualquer resistência de Dominghetti. A medida foi tomada pela CPI devido a dúvidas quanto a uma mensagem de áudio do deputado federal Luis Claudio Miranda (DEM-DF) apresentada por ele por Dominghetti. Ao mostrar a mensagem, ele afirmou que o deputado tentava negociar compra de imunizantes. O áudio, entretanto, não fala em vacina em momento algum.

Para os senadores, a ação pareceu uma tentativa de descredibilizar Miranda, que levou à CPI a principal informação até o momento. Ele e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, disseram que apresentaram ao presidente Jair Bolsonaro suspeitas em relação à negociação da vacina indiana Covaxin. Nesse encontro, o presidente teria afirmado que a questão parecia ser “rolo” do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

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