Bicampeão!É ouro! Malcom decide na prorrogação, Brasil vence a Espanha

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Em final emocionante em Yokohama, Seleção perde pênalti, sai na frente com Matheus Cunha, leva empate e sufoco no segundo tempo, mas conquista a medalha dourada no fim

Yokohama é verde e amarela novamente. Mas desta vez com detalhes dourados. 19 anos após faturar o pentacampeonato mundial, o Brasil voltou à cidade japonesa para conquistar o bicampeonato olímpico. E foi sofrido. Diante da Espanha, o Brasil perdeu pênalti com Richarlison, conseguiu sair na frente do placar com Matheus Cunha, mas sofreu o empate de Oyarzabal e levou pressão no segundo tempo. Na prorrogação, porém, brilhou a estrela de Malcom, que deixou o banco para marcar o gol do título.

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Os 45 minutos iniciais foram como se espera em uma final: tensos e equilibrados. A Espanha começou com mais controle, tendo a bola na maior parte do tempo, mas o Brasil foi aos poucos equilibrando as ações do jogo. Aos 16 minutos, os europeus quase abriram o placar, após cabeceio de Oyarzabal para o meio da área, que foi desviado por Diego Carlos em direção à própria meta. Porém, o zagueiro conseguiu se recuperar a tempo e tirou a bola em cima da linha. A Seleção respondeu em chutes de Douglas Luiz e Richarlison e teve a sua melhor chance aos 38 minutos. Após cobrança de falta, o goleiro Unai Simón saiu de forma estabanada e atropelou Matheus Cunha. Após revisão no VAR, o árbitro marcou pênalti, mas Richarlison isolou a bola e desperdiçou a cobrança. A equipe canarinho, porém, não sentiu o baque e conseguiu abrir o placar nos acréscimos. Claudinho cruzou, Daniel Alves evitou que a bola saísse pela linha de fundo e, após brigar com dois zagueiros, Matheus Cunha bateu colocado e mandou para as redes.

Matheus Cunha comemora gol do Brasil com Antony na final do torneio masculino de futebol das Olimpíadas de Tóquio

Matheus Cunha comemora gol do Brasil com Antony na final do torneio masculino de futebol das Olimpíadas de Tóquio (Foto: REUTERS/Stoyan Nenov)

O Brasil começou melhor no segundo tempo e criou duas ótimas chances. Aos 5, Cunha acionou Antony, que avançou e chutou rasteiro, parando na defesa de Unai Simón – o atacante, porém, estava impedido. No minuto seguinte, após uma bela troca de passes, Richarlison recebeu dentro da área, limpou a marcação e finalizou. A bola tocou no pé do camisa 1 espanhol e bateu no travessão. Depois dos sustos, a Espanha passou a ficar mais com a bola e cresceu na partida. O controle foi premiado aos 15 minutos com o gol de empate. Na ponta direita, Bryan Gil tocou para Carlos Soler, que cruzou para Oyarzabal. Nas costas de Daniel Alves, ele pegou de primeira na bola, sem chances de defesa para Santos. Os europeus seguiram superiores diante de um adversário que parecia desgastado fisicamente e não fez nenhuma substituição no tempo regulamentar. La Roja ainda colocou duas bolas no travessão, com Soler e Bryan Gil, mas o empate persistiu até o fim, levando o jogo para a prorrogação.

Brasil conquista o ouro em Tóquio

Após 90 minutos e mais acréscimos, Jardine enfim mexeu na equipe na prorrogação. Malcom entrou no lugar de Matheus Cunha e não só renovou o fôlego da Seleção como também passou a criar as principais chances do Brasil, na ponta esquerda. E quando parecia que o 1 a 1 não sairia do placar, repetindo o enredo da final da Rio-2016, foi o camisa 17 quem decidiu. Aos dois minutos do segundo tempo, Malcom recebeu ótimo lançamento de Antony, invadiu a área e chutou forte, cruzado. A bola ainda tocou no goleiro espanhol, mas foi parar no fundo das redes. Depois disso, a pressão espanhola não foi suficiente para furar o bloqueio brasileiro, que garantiu o bicampeonato olímpico.

Malcom comemora o gol do título olímpico do Brasil sobre a Espanha

Malcom comemora o gol do título olímpico do Brasil sobre a Espanha (Foto: Reuters)

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