O apoio de Minsk a Moscou é irrefutável – Belarus e Rússia se estabeleceram como o Estado da União – uma entidade supranacional
A Bielorrússia tenta deter a escalada vertiginosa do conflito Rússia-Ucrânia persuadindo o governo Zelensky a não atacar o território russo com foguetes, já que a Rússia responderá com armas de outro nível.
Em declarações concedidas nesta sexta-feira (17) em uma reunião com um grupo de trabalhadores, o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, indicou que o presidente ucraniano, Volodímir Zelensky, está procurando armas de longo alcance para impactar com força as cidades fronteiriças russas, como Kursk, Rostov , Oryol e Belgorod.
O presidente bielorrusso exortou o governo de Kiev ” a não fazer isso de jeito nenhum, pois a Rússia atacará a Ucrânia com armas de outro nível“. Lukashenko acrescentou que as autoridades ucranianas não decidem diretamente e essa questão depende de quem as pressiona.
O presidente bielo-russo citou a ordem do presidente dos EUA, Joe Biden, de alocar 1,5 bilhão de dólares por mês em assistência militar à Ucrânia, e questionou se essa ajuda dos EUA é para alimentar a guerra? Lukashenko afirmou que os americanos precisam saber que isso é apenas o começo.
Em outra parte de seu discurso, o presidente denunciou que o Ocidente quer envolver a Bielorrússia no conflito na Ucrânia para destruí-la após o fracasso de seu plano em 2020 nos protestos pós-eleitorais, já que deixou claro que Minsk não procura entrar nos confrontos, mas não hesitará em responder, se a Ucrânia atacar o território bielorrusso.
O apoio de Minsk a Moscou é irrefutável, já que Belarus e Rússia se estabeleceram como o Estado da União – uma entidade supranacional entre os dois países. No curso da operação militar russa, que começou em 24 de fevereiro, embora Lukashenko tenha enfatizado sua posição neutra no conflito russo-ucraniano, ele ordenou que o Ministério da Defesa do país evitasse ataques às forças russas na Ucrânia pela retaguarda.