Bolívia adere ao yuan da China e acelera desdolarização

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A China é o principal parceiro comercial de países como Brasil, Chile e Peru na região da América Latina

Depois de Argentina e Brasil, a Bolívia já pensa em “não negociar” em dólar e usar o yuan da China para fazer suas transações internacionais.

O presidente do país sul-americano, Luis Arce, em entrevista coletiva, explicou na quarta-feira que Argentina e Brasil, como as duas maiores economias da região, já negociam em yuans em acordos com a China.

Nesse sentido, ele argumentou que, embora a área esteja tradicionalmente sob influência dos Estados Unidos, muitos países têm atualmente mais comércio exterior com a China do que com o país norte-americano.

A tendência da região vai ser essa”, acrescentou, declarando posteriormente que a Bolívia não pode “ficar de fora do que está acontecendo” enquanto faz comércio direto com a China e não é necessário negociar em dólares.

“Obviamente por que vamos nos preocupar com o dólar, se de fato aqui o comércio majoritário, estamos importando da China”, especificou.

O governo argentino anunciou um acordo com a China em abril passado que lhe permitiria pagar suas importações do gigante asiático em yuan.  

No mesmo mês, em declaração conjunta assinada durante reunião em Pequim, capital chinesa, os presidentes da China, Xi Jinping, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, manifestaram a disposição de realizar transações comerciais entre os dois países em yuan, “sem a necessidade de dolarização”.

A China é o principal parceiro comercial de países como Brasil, Chile e Peru na região da América Latina, e os Estados Unidos acusam Pequim de manipular o câmbio há anos.

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