Bolsa sobe e dólar oscila após anúncio de queda da inflação; mercado aposta em corte da Selic

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IPCA-15 registra primeira baixa desde 2022, impulsionando expectativas de redução dos juros na próxima reunião do Copom

247 – A Bolsa brasileira abriu em alta nesta terça-feira (25) após a divulgação do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) de julho, que surpreendeu o mercado com uma queda maior do que o esperado. Enquanto isso, o dólar começou a sessão em queda, mas registrou alta pela manhã, com os investidores aguardando a próxima decisão sobre os juros do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.

O Ibovespa avançou 1,28%, atingindo os 122.924 pontos às 10h10, refletindo a reação positiva dos investidores às notícias sobre a inflação no país. Já o dólar subiu 0,46%, cotado a R$ 4,755.

O IPCA-15 de julho apresentou uma deflação de 0,07%, marcando sua primeira baixa desde setembro de 2022, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A redução foi mais expressiva do que as projeções do mercado, que esperava uma deflação de 0,02%, após o leve avanço de 0,04% registrado em junho.

Diante do cenário de queda da inflação, analistas consultados pelo Banco Central revisaram suas expectativas para o índice de 2023 a 2025, bem como para a cotação do dólar no país. A projeção para a alta do IPCA em 2023 foi revisada de 4,95% para 4,90%, reforçando as apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciará um corte de juros em sua próxima reunião.

Atualmente, a expectativa é de que o Copom realize um corte de 0,25 ponto percentual na Selic em agosto, mas parte do mercado já aposta em uma redução ainda maior, de 0,50 ponto percentual, posição que pode ser fortalecida pelos dados de inflação divulgados.

As projeções de corte nos juros podem pressionar o desempenho do real frente ao dólar, considerando que a atual taxa Selic de 13,75% ao ano é vista como um ponto de apoio para a moeda brasileira, atraindo investimentos para a renda fixa no país.

Apesar disso, economistas destacam que possíveis perdas na renda fixa brasileira podem ser compensadas pelo aumento dos recursos destinados à Bolsa de valores do país, que seria beneficiada por um corte de juros, destaca o jornal Folha de S. Paulo. Essa perspectiva abre espaço para uma possível queda do dólar no Brasil nos próximos meses.

O boletim Focus desta semana revelou que o dólar passou a ser estimado em R$ 4,97 ao final de 2023, em comparação com a projeção anterior de R$ 5. Para 2024, a moeda norte-americana continua calculada em R$ 5,05. As expectativas do mercado estão voltadas para o cenário econômico e a decisão das autoridades sobre as políticas monetárias, em meio a um contexto de incertezas globais.

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